Review | Black Myth: Wukong

Desde seu anúncio Black Myth: Wukong chamou a atenção pelos seus visuais impressionantes e coreografia de combate que apresentava, levando os fãs à uma grande expectativa para seu lançamento. Muito se questionava se o jogo realmente entregaria aquela qualidade no final de tudo, pois, estamos bem acostumados com títulos chegando com downgrades.

O lançamento de Black Myth chegou e posso dizer que o jogo é de uma qualidade extrema, mesmo sendo o primeiro título da Game Science. Apesar de alguns problemas, é tranquilamente um dos grandes jogos do ano, porém, ainda está longe de ser um marco no mundo dos games.

Vem como que vou te explicar nesse review todos os pontos altos e baixos de Black Myth: Wukong!

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Uma história familiar, mas ainda cativante

Black Myth: Wukong se inspira na obra clássica chinesa Jornada ao Oeste, mas oferece uma narrativa original dentro do mesmo universo. Após a queda do Rei Macaco Sun Wukong, o jogo segue um macaco do Monte Huaguo, conhecido como o Destinado, que precisa reunir seis Relíquias relacionadas aos sentidos de Wukong para trazê-lo de volta.

O enredo é enriquecido por cutscenes altamente trabalhadas, que utilizam muito a estética da cultura oriental principalmente nas cenas que são animações. As cenas são mais presentes em lutas contras chefes principais, mas o ponto importante delas e onde contam mais da história é no intervalo entre capítulos. Além de animações e CGI, o jogo possui algumas cenas em stop-motion, que transformam toda a jornada em algo ainda mais encantador.

Além disso, o jogo não se limita a recontar uma história antiga, mas a expande e reinterpreta os mitos de uma maneira fascinante, destacando-se pela atenção aos detalhes e criatividade na apresentação de seus personagens. Toda a história é tão bem contada que para as pessoas que não conhecem a lenda do Rei Macaco, é um ótimo primeiro contato com a história.

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O Rei Macaco bate e bate forte!

Black Myth: Wukong combina elementos de Soulslike, ação-aventura e hack and slash, focando intensamente em combates contra chefes. São mais de 80 batalhas distribuídas por seis capítulos lineares, com um mundo semi-aberto para explorar.

A jogabilidade gira em torno do uso de um cajado, que oferece um conjunto de ataques: combos rápidos, ataques pesados, esquivas e quatro tipos de feitiçaria. O combate é simplificado, sem opções de parry ou bloqueio, forçando o jogador a aprender a arte da esquiva perfeita para não tomar dano. Além disso, temos duas posturas desbloqueáveis que liberam ataques fortes únicos para cada uma. Embora as magias sejam poderosas e possam mudar o curso das lutas, o ponto chave de Wukong está em aprender a atacar e esquivar na hora certa, até porque você possui mana limitada, fazendo que possa usar suas magias poucas vezes em um combate.

Também precisamos falar do excelente trabalho feito na personalização do Rei Macaco! O jogo possui um grande número de armaduras e armas para o personagem, fazendo com que o jogador explore e busque matérias cada vez mais raros para suas fabricações. Além disso, cada conjunto de armadura e arma possui benefícios próprios, desempenhando um papel crucial para facilitar a vida jogador, caso ele busque melhora-los.

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Uma exploração bem limitada

Os seis capítulos apresentam áreas temáticas distintas, como grandes selvas e montanhas congeladas, e a exploração é recompensadora áreas adicionais e missões secundárias. O jogo é predominantemente focado em batalhas contra chefes, que variam de grandes criaturas a inimigos mais sutis com mecânicas que desafiam os jogadores. Embora visualmente impactantes, alguns chefes podem ter padrões de ataque semelhantes, e a dificuldade varia de maneira inconsistente, tornando algumas batalhas previsíveis e rápidas.

O jogo brilha em sua riqueza de segredos e conteúdo extra, com bosses adicionais e finais secretos que recompensam a exploração e curiosidade do jogador. Além disso, o Novo Jogo+ oferece novos desafios, itens e equipamentos, enriquecendo a experiência de quem deseja revisitar o conteúdo.

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Uma experiência de última geração

Black Myth: Wukong é um espetáculo visual que utiliza o Unreal Engine 5 para criar um mundo impressionante e detalhado, capturando a essência da mitologia e da cultura oriental. O jogo apresenta ambientes deslumbrantes, como selvas densas, desertos áridos, lagos congelados e paisagens surreais, cada um com um estilo visual único que enriquece a imersão.

Os gráficos são um dos pontos altos, com texturas nítidas, iluminação e sombras bem implementadas, além de animações fluidas e modelos de personagens altamente detalhados. No PS5, o jogo geralmente apresenta um bom desempenho, embora sofra com quedas de framerate em áreas específicas, especialmente durante combates intensos ou cenários complexos. Apesar desses problemas, eles não comprometem a experiência geral.

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O Rei Macaco tem grandes problemas

Black Myth: Wukong é um bom jogo, mas não está isento de problemas. A curva de dificuldade é inconsistente desde o inicio, com momentos de desafio que variam drasticamente entre capítulos. O design de encontros pode parecer repetitivo, com padrões de ataque semelhantes entre inimigos e chefes, diferenciados apenas por skins.

Porém, a coisa mais irritante de Black Myth: Wukong é seu level design! O jogo é bem falho em sua exploração, visto que ele não possui um mapa para nos localizarmos em áreas cheias bifurcações e que são sempre muito parecidas. Além disso, barreiras invisíveis dificultam a navegação, visto que não é possível saber onde tem ou não uma barreira invisível para limitar o mapa.

Apesar dos gráficos impressionantes, as quedas de framerate no PS5 podem interromper a experiência. Esses problemas aconteceram comigo principalmente em combate contra chefes, fazendo com que eu morresse durante o combate, tornando a experiência bem frustrante.

Veredito Final

Pontos Positivos
  • A história é muito bem contada
  • Combate intenso e desafiador
  • Gráficos impressionantes
  • Exploração e conteúdos secretos
  • Grande variedade de chefes
  • Personalização e equipamentos
Pontos Negativos
  • Problemas de performance
  • Level design problematico
  • Paredes invisíveis limitando a exploração
  • Dificuldade oscila demais entre os capítulos

Black Myth: Wukong

Publisher: Game Science
Console: Playstation 5

História
90%
Jogabilidade
90%
Conteúdo Extra
72%
Desempenho
60%
Audiovisual
80%
Dificuldade
88%

Veredito

Black Myth: Wukong da Game Science é um lançamento impressionante que se destaca pela experiência visual deslumbrante e combate satisfatório, apesar de algumas limitações. O jogo reinterpreta criativamente a lenda do Rei Macaco, oferecendo uma jornada cativante para novos jogadores e fãs de mitologia oriental. No entanto, pequenos problemas de design e performance impedem o título de alcançar seu pleno potencial, necessitando de ajustes. Para quem busca uma aventura épica com mitologia e combate desafiador, é uma experiência que vale a pena.

80%
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Uma resposta para “Review | Black Myth: Wukong”

  1. […] Por fim, você pode ler nosso review de Black Myth: Wukong aqui. […]

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