Review – PS5 | Deathbound

Quando um jogo brasileiro é anunciado, eu logo me empolgo e fico feliz por ver onde o cenário de desenvolvimento do Brasil está chegando. Mas quando um soulslike brasileiro foi anunciado, eu entrei em estado de euforia, pois é um dos generos que eu mais gosto. A Trialforge Studio desenvolvedora brasileira trouxe o genero de uma forma única e inovadora com Deathbound, mas mantendo a essência que um soulslike precisa ter.

Assim como Mars 2120 e outros títulos brasileiro, Deathbound é um passo importante do Brasil no cenário de jogos mundial! A equipe da PlayState fica feliz por poder apoiar e fazer um review de mais um jogo brasileiro! Quem puder, compre o jogo, apoie e vamos fazer com que o Brasil cresça nesse cenário!

Vem comigo nesse review, que vou te explicar a autenticidade de Deathbound!

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Ser imortal, mas a que custo?

Deathbound coloca os jogadores no mundo pós apocalíptico de Ziêminal, onde elementos medievais e de ficção científica se fundem. A narrativa tem como foco duas divindades, a Deusa da Vida e a Deusa da Morte, e na raça imortal resultante, os Primeiros Homens, que eventualmente escolheram a mortalidade. A civilização moderna de Ziêminal está dividida entre a Igreja da Morte, que condena a imortalidade, e o Culto da Vida, que busca recuperá-la.

O protagonista, Therone, um zelote da Igreja da Morte, ganha a habilidade de se transformar em outros personagens ao absorver suas essências, cada um com habilidades e perspectivas únicas. Toda essa mecanica de absorção aumenta em muito a lore. Cada guerreiro absorvido fornece novas habilidades e detalhes da história, enriquecendo a trama e revelando as complexidades dentro das facções de Ziêminal.

O conflito ideológico entre a Igreja da Morte e o Culto da Vida é central, explorando temas de vida, morte e ambiguidade moral. A construção de mundo detalhada, desde ruínas infundidas de tecnologia até acampamentos medievais, enriquece a narrativa, oferecendo aos jogadores uma mistura única de elementos de fantasia e ficção científica através do ambiente e do lore.

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Um pouco da ousadia brasileira

Deathbound oferece uma jogabilidade inovadora ao misturar elementos de Soulslike com mecânicas de combate em equipe em tempo real. Os jogadores controlam Therone, um cruzado da Igreja da Morte, que absorve guerreiros caídos, criando um sistema de combate baseado em múltiplos personagens. O jogo possui um total sete personagens distintos, cada um com suas próprias habilidades e classes, variando de guerreiros até magos.

Esse recurso permite trocar entre até quatro personagens em tempo real, usando ataques especiais e defensivos, adicionando uma boa camada de estratégia para certos chefes. Um dos pontos mais legais dessa mecânica, é um tipo sistema de “sinergia” que existe entre os personagens, caso coloque dois personagens que tenham algum tipo de conflito, o jogador sofrerá algumas desvantagens por conta disso, mas caso o jogador coloque dois personagens que são “amigos”, o jogador terá uma grande vantagem em seus aspectos.

Os chefes são um dos pontos altos de Deathbound, com design únicos e bem feitos, eles oferecem desafios formidáveis, exigindo que o jogador se adapte ao sistema de troca de personagens para derrotá-los. A gestão de saúde e resistência são compartilhadas, então caso um dos seus personagens morra, é game over. Porém, é possível recuperar a vida de um personagem que não está ativo caso inflija dano nos seus inimigos, fazendo com que o jogador seja mais agressivo no combate e estratégico.

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Ai você tá falando da essência do soulslike

O jogo possui mapas variados como acampamentos precários, áreas modernas e zonas futuristas. Os inimigos variam de cultistas e criaturas mutantes a máquinas de guerra, cada um com padrões de ataque distintos.

A exploração em Deathbound é imersiva e com muitos segredos, incentivando os jogadores a mergulharem no mundo de Ziêminal. Os mapas são vastos, repletos de segredos, áreas escondidas e itens colecionáveis que recompensam a curiosidade. Além disso, a exploração recompensa os jogadores das mais diversas formas, seja com itens, aneis e missões secundárias até mesmo documentos que aumentam a lore do jogo.

Entretanto, Deathbound tem alguns problemas, como o combate pode ser meio pesado as vezes. A interface de saúde e resistência é confusa no inicio, dificultando a leitura correta durante combates contra chefes. A falta de um multiplayer seja PvE ou PvP faz falta. Os inimigos têm comportamentos inconsistentes, com ataques rápidos difíceis de reagir devido a animações estranhas, algo bem parecido com Lies of P.

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Dá gosto de ver, mas tem problemas

Deathbound apresenta um design estético que mescla elementos medievais e futuristas, criando um mundo visualmente único e cativante. Os ambientes são detalhados, variando desde acampamentos dilapidados e áreas urbanas modernas até zonas com uma aparência tecnologicamente avançada e misteriosa.

A paleta de cores diferencia eficazmente as diversas áreas do jogo, com tons sombrios e atmosféricos que realçam o cenário pós-apocalíptico de Ziêminal. Os detalhes nas armaduras e equipamentos dos personagens são ricos e bem elaborados. Além disso, os efeitos de luz e sombra contribuem para a atmosfera tensa e muitas vezes opressiva do jogo, destacando a qualidade gráfica geral.

Apesar dos gráficos impressionantes, Deathbound enfrenta problemas de desempenho que podem afetar significativamente a experiência do jogador. O jogo sofre de quedas de frame rate, especialmente em áreas mais complexas e durante combates intensos, o que pode prejudicar a fluidez do jogo. Bugs gráficos, como clipping e texturas que não carregam corretamente, são comuns e podem quebrar a imersão.

Além disso, o jogo apresenta ocasionalmente crashes e travamentos, exigindo reinicializações frequentes. Esses problemas técnicos precisam ser resolvidos para garantir uma experiência mais suave e envolvente para os jogadores. Porém, pequenas atualizações podem facilmente corrigir esses problemas.

Agradecimento a Tate Multimedia e Trialforge Studio que nos enviaram o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Prós:

  • Narrativa rica e envolvente, com profundidade na lore.
  • Mecânica inovadora de absorção de personagens, promovendo diversidade no combate.
  • Design de nível imersivo, incentivando a exploração.
  • Estética visual impressionante que combina diferentes estilos.

Contras:

  • Problemas de desempenho, incluindo quedas de frame rate e crashes.
  • Interface confusa no início, dificultando a gestão de saúde e resistência.
  • Falta de modos multiplayer (PvE ou PvP).
  • Comportamentos inconsistentes dos inimigos durante o combate.

Deathbound: é uma adição interessante ao gênero, com uma narrativa rica e mecânicas inovadoras que oferecem uma experiência única. Apesar dos problemas de desempenho e algumas falhas na interface, o jogo consegue cativar com sua mistura de elementos de fantasia e ficção científica. Com atualizações para corrigir os problemas técnicos, Deathbound pode se tornar uma experiência ainda mais envolvente, garantindo horas de diversão em um mundo repleto de complexidade e nuances. Se você é fã de jogos que desafiam a moralidade e apresentam um combate dinâmico, Deathbound merece um lugar na sua lista de jogos. George Rodrigues

8
von 10
2024-08-07T11:17:12-0300
Avatar de George Rodrigues

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