Quando pensamos em A Quiet Place, logo vem em nossa cabeça toda tensão dos filmes e o medo de um simples barulho fazer um alienígena aparecer, certo? Em A Quiet Place: The Road Ahead temos um pequeno vislumbre de como isso pode funcionar nos jogos, principalmente com a captação de ruídos externos através do microfone do controle, mas será que é possível a experiência ser tão tensa e apavorante quanto nos filmes?

Você confere agora em nosso review todos os detalhes, mas por favor, não faça barulhos… existem criaturas a espreita.

Silêncio!

A Quiet Place: The Road Ahead é um jogo de survival horror que se passa no universo dos filmes de sucesso, trazendo uma experiência tensa aos jogadres. A história gira em torno de Alex, uma jovem grávida que precisa sobreviver em um mundo devastado por alienígenas que caçam com base no som. Embora o enredo aborde temas emocionais, como a luta de Alex com sua saúde e a perda, a narrativa em si é bem previsível e sem profundida, especialmente em relação ao desenvolvimento dos personagens.

Imersão e tensão

A jogabilidade baseia-se em mecânicas de stealth, exigindo que os jogadores se movimentem com extrema cautela para evitar barulhos. Alex utiliza um phonometer, um dispositivo que mede os níveis de som gerados por suas ações, permitindo que os jogadores avaliem o risco de seus movimentos. É preciso calcular cuidadosamente cada passo, desde abrir portas lentamente até evitar áreas onde o chão estala, como folhas secas ou latas deixadas para trás.

Além disso, Alex lida com sua asma, o que adiciona uma camada extra de tensão. Os movimentos rápidos ou a presença dos alienígenas podem causar estresse e desencadear um ataque de asma, forçando os jogadores a gerenciar não apenas o silêncio, mas também sua saúde. O ambiente oferece inaladores e medicamentos, mas a quantidade é limitada, o que cria uma dinâmica de escassez que exige planejamento estratégico por parte dos jogadores.

Os jogadores também podem interagir com o ambiente para criar distrações, como jogar pedras ou garrafas para desviar a atenção dos alienígenas. Essa mecânica é essencial para progredirmos no jogo, já que os inimigos são quase impossíveis de derrotar, reforçando a necessidade de desviar deles ao invés de partir para um confronto direto.

Uma atmosfera tensa

O jogo apresenta uma execução visual excelente, com gráficos detalhados e efeitos de iluminação que intensificam a atmosfera de tensão. Os ambientes variam de florestas escuras a edifícios abandonados, cada um repleto de objetos que podem ser utilizados ou que representam perigos. A imersão se intensifica com a necessidade de silêncio. A opção de detecção de ruído transforma sons reais em ameaças no jogo. Utilizar os ruídos dos controles aumenta a tensão e traz o medo para o mundo real.

As falhas que se escondem no silêncio

A Quiet Place: The Road Ahead possui alguns problemas incosistentes. A inteligência artificial dos alienígenas apresenta inconsistências, resultando em momentos frustrantes em que Alex pode morrer de maneira arbitrária por ações que não parecem justificáveis. Além disso, a jogabilidade, embora tensa, se torna repetitiva devido ao movimento lento e ao design de níveis que se baseiam em obstáculos previsíveis. Embora a narrativa seja interessante, ela não se aprofunda em certos momentos, e os temas emocionais são pouco explorados.

Agradecimento a Saber Interactive que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

A Quiet Place: The Road Ahead oferece uma experiência de stealth envolvente que captura a tensão dos filmes, com mecânicas únicas e uma atmosfera imersiva. Apesar de um ritmo lento e problemas de inteligência artificial, o jogo traz uma abordagem interessante para a sobrevivência. Ideal para fãs da franquia e apreciadores de horror, mas pode frustrar jogadores que preferem ação mais dinâmica e narrativas mais profundas.