A história de Biomorph segue Harlo, uma criatura alienígena com aparência de gato ninja, que acorda em um laboratório tecnológico após escapar de “O Núcleo”. Inicialmente sem memória, Harlo encontra Kleo e começa a questionar seu papel no que aconteceu. Para descobrir sua identidade e desvendar o mistério, ele precisa retornar ao Núcleo, ativando faróis espalhados pela terra devastada de Ilios.
Durante sua jornada, Harlo explora diversos biomas, enfrenta criaturas mutantes e resolve enigmas desafiadores. Ele possui a habilidade única de se transformar em monstros derrotados, assumindo suas habilidades e aparências. As transformações começam como temporárias, mas, ao derrotar inimigos, tornam-se permanentes. O jogador pode carregar até três transformações simultâneas, permitindo uma abordagem estratégica, com diferentes formas necessárias para resolver puzzles ou superar obstáculos.
Além das transformações, Harlo pode usar armas como luvas de boxe, lançadores de granadas, espadas e blasters, cada uma com poderes únicos. Contudo, essas armas têm “cargas” limitadas, que se esgotam com o tempo, forçando o jogador a recarregá-las em pontos de salvamento, o que adiciona uma camada de estratégia.
A exploração é um destaque, com biomas diversificados e áreas secretas que exigem novas habilidades para acessar. O design dos níveis é inteligente, proporcionando um progresso contínuo enquanto o jogador descobre novas partes do mapa. Os controles são responsivos, com movimentação fluida, embora um pouco “flutuante”, o que não prejudica a experiência geral.
Uma experiência linda, mas com problemas
Os gráficos de Biomorph são um dos maiores destaques do jogo, apresentando um estilo de arte 2D desenhado à mão, que mistura fantasia e sci-fi de forma impressionante. O design visual é vibrante e colorido, com personagens e ambientes detalhados. Harlo, o protagonista, tem um visual único e expressivo, com cores que “saltam” na tela, especialmente nas animações e cutscenes, que remetem a desenhos animados de sábado de manhã.
Os desenvolvedores criam biomas variados no mundo de Biomorph, indo de paisagens desoladas e futurísticas a florestas e ruínas, cada um com sua própria paleta de cores e atmosfera. Eles exploram bem o cenário, com profundidade e perspectiva que criam a sensação de um mundo vasto e imersivo. O design dos inimigos e chefes também é notável, com criaturas monstruosas e memoráveis, cada uma com detalhes que as tornam ameaçadoras e interessantes.
A arte não apenas embeleza o jogo, mas também complementa a jogabilidade, criando uma experiência fluida e envolvente. Os desenvolvedores projetam cuidadosamente os ambientes para refletir o tema de um mundo pós-apocalíptico, com um forte senso de degradação e mistério, mas mantêm uma estética colorida e estilizada que transmite uma sensação de leveza ao jogo.
Apesar de seus pontos fortes, Biomorph apresenta alguns problemas que podem prejudicar a experiência do jogador. O maior deles é a mecânica de transformação, que, embora inovadora, nunca é totalmente explorada. As transformações de Harlo inicialmente são essenciais para resolver puzzles e explorar novas áreas, mas acabam se tornando irrelevantes após algum tempo. O jogo não exige que o jogador use essas transformações de maneira criativa ou estratégica além do necessário, o que diminui a profundidade dessa mecânica. Além disso, a progressão do jogo parece se estagnar, pois as habilidades adquiridas não abrem tantas novas possibilidades no mapa quanto se esperava.
Agradecimento a Lucid Dreams Studio que nos enviou o jogo para a produção do review!
Veredito Final
- Sistema de transformação extremamente divertido e funcional
- Metroidvania em sua essência que foca na exploração
- Gráficos vibrantes e bem animados
- Sistema de armas e suas possibilidades
- Atmosfera imersiva e bem desenvolvida
- Batalhas repetitivas
- Quebra-cabeças fáceis
- Pouca varierdade de inimigos
- As habilidades adquiridas e as transformações não abrem novas possibilidades no mapa
Biomorph
Veredito
Biomorph é um jogo visualmente impressionante com mecânicas interessantes, como as transformações de Harlo. No entanto, a falta de aproveitamento total dessas mecânicas e uma progressão estagnada limitam a profundidade da jogabilidade. Apesar disso, o jogo se destaca pela arte e pela exploração de um mundo pós-apocalíptico, oferecendo uma experiência divertida para fãs de plataforma e exploração, mas que poderia ter explorado mais suas ideias.
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