Review – PS5 | Dynasty Warriors: Origins

Dynasty Warriors foi um dos primeiros jogos que tive contato no PS2 e achava um máximo derrotar centenas de inimigos de uma vez, apenas avançando em combate e conquistando áreas. Com o passar do tempo fui me afastando do estilo, por ser muito repetitivo e cansativo, mas ainda mantinha um carinho pela franquia.

Com o lançamento de Dynasty Warriors: Origins resolvi dar uma nova chance para a franquia e preciso dizer que é gratificante ver a evolução para chegar até aqui. No review de hoje vou te explicar porque Dynasty Warriors: Origins vai muito além de um musou e centenas de inimigos. Ele é uma evolução para algo muito maior.

Prepare-se guerreiro e venha para o review!

Um novo ponto de vista

Dynasty Warriors: Origins conta a história que levou a formação dos Três Reinos da China, focando na queda da Dinastia Han e nas grandes batalhas que originaram os reinos de Wei, Shu e Wu. O jogo se passa da Rebelião dos Turbantes Amarelos até a Batalha de Chibi, onde dividiu o império em três facções independentes.

Diferente dos outros títulos, temos um único personagem jogável, nosso protagonista sem nome. Nosso herói sem nome acorda amnésico e com diversas habilidades, servindo de elo entre o jogador e o mundo criado. Durante toda nossa jornada, encontramos diversas figuras histórias da época, como Liu Bei, Cao Cao, Zhang Liao e muitos outros, enquanto tentamos descobrir mais sobre nosso passado. Com um grande foco no herói sem nome, nos vivenciamos os eventos históricos com um novo ponto de vista.

Contando apenas com nove personagens, o jogo nos permite trilhar diversos caminhos, onde nossas escolhas alteram o curso da história. O jogo conta com diversos finais que podem ser acessados de forma simples, precisando apenas trilhar um caminho diferente para isso.

Derrote centenas de inimigos com um golpe

Dynasty Warriors: Origins mantém a essência musou da série, mas também traz diversas inovações que elevam a dinâmica e aproveitamento do jogo. Dessa vez, o jogo oferece um mapa global onde transitamos com diversas áreas a serem descobertas e exploradas à medida que a história avança. O mapa nos permite realizar missões, coletar itens e recursos importantes para nossa jornada, como Pyroxene, que pode ser usada para obter melhorias e participar de batalhas adicionais.

Diferente dos jogos anteriores onde tinhamos uma grande quantidade de personagens jogáveis, aqui focamos em apenas um. Porém, o jogador pode invocar até nove heróis para lutar ao seu lado. Cada herói possui habilidades únicas e dependendo da sua escolha, podem facilitar sua vida em diversas missões, oferecendo um pouco de estratégia em meio a densidade do combate.

Como todo bom musou, o foco aqui é derrotar hordas e mais hordas de fracos inimigos, utilizando uma diversidade de ataques simples, ataques fortes, Battle Arts e outras habilidades. O Battle Art é algo inédito de Origins, onde podemos utilizar ele para realizar ataques extremamente poderosos para derrotar inimigos ou bloquear ataques. Além disso, um sistema de parry foi adicionado, oferecendo uma dinâmica diferente ao combate, principalmente contra chefes e adversários mais fortes. O sistema de parry é essencial para avançar na história, principalmente se jogar em dificuldades maiores.

Muito mais que um musou

Dynasty Warriors: Origins também traz um grande foco em estratégia durante batalhas, permitindo que o jogador utilize táticas para avançar durante o combate. É possível comandar suas tropas com diversas possibilidades, como ataque em grande escala, investidas ou disparo de flechas. Esse ponto tático é essencial para furar a defesa de outras tropas. Além disso, a moral das suas tropas e o desempenho em batalhas influenciam no quanto suas táticas serão eficientes no combate, tornando essencial escolher as ações certas no momento adequado.

Embora a jogabilidade ainda seja centrada na ação, essas adições estratégicas e a ênfase na progressão do personagem, com sistemas de armas e habilidades, tornam a experiência mais envolvente e variada, sem perder o apelo de combate massivo que a série sempre teve.

Uma evolução solida

Dynasty Warriors: Origins eleva o nível da franquia graficamente e em seu desempenho. O jogo apresenta uma evolução estética visual mais detalhada e vibrante, mas mantém a essência charme da franquia. O maior destaque fica por conta dos modelos de personagens, que são extremamente detalhados em suas armaduras e armas e possuem expressões faciais mais vivas, mas também contam com aquele pequeno toque exagerado que já conhecemos. Além disso, a animação de cada personagem é fluida, possui um estilo único para seus ataques.

Quando digo modelos de personagens, acrescento também os chefes que são simplesmente incríveis e possuem toda uma aura. Enquanto os npcs que espancamos durante toda nossa jornada, possuem modelos simples e únicos, mas que funciona bem, visto que eles estão ali para serem números. Quanto a ambientação, temos grandes locações que refletem a grandiosidade das épocas dos Três Reinos, com paisagens amplas e detalhadas. Essas locações se ajustam ao clima e à atmosfera de cada região, tornando a experiência mais viva durante a transição entre combates.

A performance é solida e roda de forma estável no PS5. Durante toda minha jornada não tive problemas com bugs ou quedas de FPS – podendo jogar ele em até 120fps-, mesmo com a tela tomada por inimigos em batalhas intensas, o jogo flui de maneira impecável. Enquanto a construção das cenas de batalha é impressionante, proporcionando uma experiência visual empolgante. Porém, o jogo conta com uma resolução e detalhes mais baixos garantindo que rode de forma fluida.

Mais inimigos do que problemas

Dynasty Warriors: Origins é uma evolução incrível, que conta com diversas inovações e melhorias, mas ainda não é perfeito. Algo que pode incomodar muitos jogadores antigos é a redução drástica no número de personagens jogáveis. Além disso, a falta de um modo cooperativo é frustrante em um título como esse, visto que seria muito mais divertido jogar com um amigo, seja online ou offline.

Quanto a IA dos nossos aliados, não podemos esperar muita coisa. Até mesmo os generais do qual podemos utilizar em combate, eles são extremamente ineficientes enquanto comandados pela IA. Infelizmente o jogo também, pode frustrar muitos jogadores que buscarem um desafio nas dificuldades maiores, certos combates contra chefes chegam a ser injustos, a ponto de um único golpe te matar.

Por fim, vou falar o obvio… A falta de localização PT-BR é frustrante, mesmo sendo um jogo com seu grande foco sendo em sua jogabilidade.

Agradecimento a Koei Tecmo que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final