Eternal Strands possui uma campanha bem simples e linear, onde assumimos o papel de Brynn, uma maga que vive em um mundo onde a magia foi marginalizada após um desastre causado por magos do passado. Logo no inicio da jornada, ela se junta a um grupo de weavers que viajam pelo Enclave, a terra isolada que é protegida por uma antiga muralha.

A narrativa se desenvolve à medida que Brynn explora esta terra, enfrentando criaturas místicas e máquinas antigas conhecidas como Arks, enquanto descobre segredos do passado e tenta restaurar o equilíbrio entre magia e o mundo. O jogo conta com diversos temas emocionais e importantes da atualidade, como personagens que lidam com saúde mental, redenção, amizade e diversos temas que retratam os dias atuais. Além disso, a história se expande ao interagir com nossos companheiros, onde aprendemos mais sobre o mundo, sobre nossos aliados e principalmente sobre o passado.

Apesar de possuir bons pontos da narrativa e até mesmo escolhas, elas não afetam a direção que o jogo irá tomar. O grande foco da história é em explorar o mundo, descobrir o que aconteceu no passado e principalmente encarar batalhas épicas.

Arks, magias e exploração

Eternal Strands é um jogo focado na exploração e combate, misturando elementos de diversos jogos, como RPGs clássicos, Shadows of the Colossus, Monster Hunter e muitos outros. O combate é nossa mecânica principal, onde temos acesso a diversas magias elementares e ataques fisicos com espada e escudo e um arco. O ponto forte do jogo é aprender a utilizar suas magias de forma inteligente, como utilizar o gelo para imobilizar inimigos e a cinética para obstruir caminhos. O jogo possui uma grande abordagem em seu combate, deixando o jogador a vontade para lidar com as situações de diversas maneiras.

Durante o combate enfrentamos diversos inimigos menores que podem ir de lobos até mesmo guerreiros, porém, o ponto alto do combate é quando enfrentamos os Arks, máquinas gigantes que precisamos utilizar estratégias para derrota-los. Durante esses combates é necessário escalar a criatura e acertar seu ponto fraco para poder derrotá-lo.

Quanto a exploração, ela é divertida e bem feita, encorajando o jogador a não ter medo de escalar montanhas, visto que Brynn pode subir em praticamente todas as superfícies do jogo, assim como vimos nos Zeldas mais recentes. O mundo de Enclave é vasto, cheio de inimigos, áreas secretas e itens para serem coletados, com cada região contendo seu próprio charme e segredos.

Outro ponto importante de Eternal Strands é a personalização, onde coletamos itens ao redor do mundo para criação de itens ou reforjar nossas armas. Ao derrotar inimigos, quebrar pedras e árvores, diversos itens são dropados, permitindo a criação de novas armaduras, poções e itens que facilitam nossa jornada.

Beleza na simplicidade

Eternal Strands é um deleite visual, graças a sua direção de arte que consegui criar uma estética fantasiosa em cel shading. O jogo conta com um mundo mais simples, mas ainda bem vivo e dinâmico, porém, o ponto alto do estilo artistico escolhido está nos grandes Arks. As criaturas são o grande destaque do jogo desde o primeiro trailer e fazem jus, apesar de parecerem simples, apresentam belos designs. Quanto aos personagens no decorrer da jornada, todos são bem simples e bem feitos, nada fora do normal. O jogo entrega um bom detalhamento visual.

Além disso, o jogo não poliu tão bem alguns elementos de combate e animações de personagens. No entanto, os efeitos visuais das magias são bem feitos e vibrantes, gerando um belo espetáculo visual sempre que são usados. Quanto a trilha sonora, ela é boa e entra nos momentos certos. Mas é simples e esquecivel, assim como grande parte das trilhas sonoras lançadas atualmente, faltando inspiração e não tornando a jornada mais imersiva.

O desempenho, no geral, é sólido, com poucas quedas de frame rate ou outros problemas técnicos no PS5. Mesmo com uma estética colorida e vibrante, o jogo consegue manter um bom equilíbrio entre beleza visual e desempenho, funcionando de forma satisfatória e sem muitos problemas.

Faltou polimento

Apesar de suas muitas qualidades, Eternal Strands se torna cansativo após algumas horas de jogo, visto que as missões são repetitivas. Além disso, sempre que fazemos uma nova missão, somos forçados a retornar ao acampamento, interrompendo brutalmente a exploração e tornando a experiência menos satisfatoria.

O combate também é meio problemático por falta de polimento, muitas vezes sentimos que as lutas não tem impacto, principalmente contra inimigos menores. Além disso, quando travamos a mira, ela exige que ajustamos manualmente a câmera e a mira, sendo muitas vezes desorientador, principalmente contra diversos inimigos.

Outro ponto negativo é a simplicidade do sistema de personalização e crafting. A coleta de materiais e a melhoria de equipamentos, embora divertidas no início, acabam se tornando mecânicas superficiais à medida que o jogo avança, com poucas opções de personalização real. Além disso, nossas escolhas não impactarem na história é algo meio sem sentido, tornando nossas escolhas vãs e sem sentido.

Agradecimento a Yellow Brick Games que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Pontos Positivos
  • Direção de arte, principalmente dos Arks
  • Combate satisfatório, mesmo sendo simples
  • Mundo vasto e repleto de segredos
  • Narrativa simples, mas funciona bem
Pontos Negativos
  • Personalização bem limitada
  • Missões repetitivas, tornando a jornada cansativa
  • Problemas de câmera enquanto travamos em inimigos

Eternal Strands

Publisher: Yellow Brick Games
Console: Playstation 5

História
75%
Jogabilidade
85%
Extras
82%
Desempenho
80%
Audiovisual
78%

Veredito


80%

Eternal Strands oferece um mundo vasto e visualmente impressionante, com combates estratégicos e exploração envolvente. No entanto, sofre com missões repetitivas, falta de impacto nas lutas e escolhas sem consequência na história. A personalização é rasa, e o polimento nas mecânicas e na trilha sonora deixa a desejar.

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