Review – PS5 | Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é um daqueles jogos spin-off sem compromisso que consegue ser tão bom quanto os principais! Nessa nova jornada de Goro Majima, eu me surpreendi com toques de maturidade do personagem, mas também com seu humor escancarado e expressões que não mentem. Esse jogo me deu vontade de retornar aos jogos anteriores da franquia e me aprofundar na lore, conhecer mais dos personagens… Ele me fez perceber que talvez, eu não tenha aproveitado ao máximo Infinite Wealth e os outros jogos de Yakuza.

Prepare seu navio, pois a grande era dos piratas começou! NESSE REVIEW FAREMOS DE GORO MAJIMA NOSSO REI PIRATA!

O Rei dos Piratas – não é One Piece, ok?

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii, segue Goro Majima, após acordar em uma ilha remota do Havaí sozinho e totalmente sem suas memorias. Sem saber quem é ou sua história, Majima parte em uma jornada de autodescobrimento e aventura, com foco em se tornar um grande pirata. No meio de sua jornada, ele acaba sendo puxado para uma grande caça ao tesouro lendário (Não é o tesouro de Gol D. Roger), onde enfrentará diversas frotas piratas e tripulações perigosas no vasto oceano do Havaí.

Além disso, a história nos introduz a Noah, um jovem que sonha em viver uma vida de aventuras. A conexão entre os personagens acontece no primeiro instante, se tornando um dos pontos mais legais e importantes da trama, com Majima sendo seu grande mentor. Durante toda a jornada podemos ver Majima amadurecendo ao relembrar o seu passado na yakuza, mas seguindo em frente em sua nova vida e claro, sendo um grande exemplo para Noah – nem sempre.

Majima é o carisma em pessoa, tornando a história leve e muito maluca em seu ponto de vista, seja por suas expressões, falar e piadas. A medida que ele tenta equilibrar sua natureza aventureira com as responsabilidade de lidar com uma tripulação, amigos e problemas, ele se vê amadurecendo e tornando-se um grande capitão e amigo.

Além da busca pelo tesouro, Majima se vê envolvido em conflitos envolvendo a pirataria, explorando ilhas misteriosas e enfrentando armadas inimigas, tudo enquanto constrói sua tripulação e personaliza seu navio, o Goromaru, para enfrentar desafios no mar.

Cachorro louco!

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii é um grande RPG de ação, mantendo a essência da série, mas adicionando um toque de pirataria e navegação. O jogo se concentra em combates entre Goro Majima, sua tripulação e diversos inimigos. Nosso protagonista, possui dois estilos de luta únicos podendo alternar entre eles durante o combate. O estilo Cachorro Louco já é conhecido na franquia Yakuza, onde ele utiliza seus punhos e uma pequena adaga para atacar, algo mais puxado para uma briga de rua. Enquanto o Cão do Mar é sua persona pirata, onde ele utiliza duas espadas para enfrentar os inimigos.

Além disso, o jogo possui diversas armas secundarias, como um gancho que pode ser utilizado para puxar inimigos ou ir para lugares específicos no cenário, uma pistola para ataques a distancia e claro, os instrumento negros. Os instrumentos negros são quatro instrumentos utilizados para chamarmos algumas criaturas para nos ajudar, causando muito dano aos inimigos.

O jogo possui uma grande arvore de habilidades, que é dividida entre os estilos de luta, parametros no geral como força e pontos de vida, além de habilidades extras para Goro

O sistema de navios é uma das inovações mais empolgantes. Majima controla o Goromaru, seu navio pirata, que pode ser personalizado com melhorias de armamento, velocidade e resistência. Isso permite que ele enfrente outras embarcações inimigas e explore mares mais perigosos, enfrentando desafios em alto-mar. A gestão do navio é uma parte fundamental, sendo necessário gerenciar recursos, tripulação e até piratas capturados, tornando-se essencial para o sucesso nas aventuras marítimas.

Sem diversas atividades, não seria um Yakuza

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii não deixa a desejar, pois está repleto de mini-games e missões secundárias que já conhecemos dos jogos anteriores, mas agora temos ainda o sistema de navios que adicionam ainda mais diversão ao jogo.

Os mini-games são um destaque importante. Eles incluem desde atividades mais tradicionais da série Yakuza, como jogos de azar e dardos, até atividades mais temáticas de pirata, como caças ao tesouro e desafios de navegação. Além disso, os jogadores podem se envolver em competições de pesca, onde é possível pescar desde peixes comuns até criaturas marinhas raras e fantásticas. O mini-game de rum também se destaca, desafiando os jogadores a misturar ingredientes para criar as bebidas mais saborosas e alcoólicas, tudo em nome da diversão e da exploração.

As missões secundárias são variadas, oferecendo desde tarefas simples, como entregar itens ou caçar inimigos específicos, até desafios mais complexos que envolvem investigação ou resgatar personagens perdidos. Em várias missões, Majima interage com diferentes personagens locais, conhecendo suas histórias e ajudando-os a resolver problemas, o que adiciona um toque mais humano ao mundo pirata. Quero destacar a missão Dream Minato Girl, foi uma das coisas mais divertidas que o jogo ofereceu.

Além das missões secundárias, podemos caçar diversos bandidos, sendo um caçador de recompensas. Essa é uma das melhores maneiras para se conseguir dinheiro para melhorar o personagem e nosso navio, além de oferecer um excelente desafio. Mas caso queira desafio de verdade, vá para o Coliseu!!! Lá temos diversas atividades, desde enfrentar capitães à lutar contra diversas tripulações em sequência. No entanto, o ponto alto do Coliseu é o chefe extra que aparece apenas no capítulo 4 e após ter finalizado todos os outros desafios.

Seguindo a sua arte padrão

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii apresenta gráficos já esperados da série, com algumas melhorias visuais e destaques para a navegação. O design de ambientes é vibrante, com ilhas tropicais ricas em detalhes, praias ensolaradas e cidades costeiras. As águas do oceano e as florestas tropicais são representadas com texturas detalhadas, criando um ambiente imersivo e visualmente encantador. Além disso, os modelos dos personagens, incluindo Majima, estão bem detalhados, com animações fluídas e expressões faciais que transmitem emoções de forma eficaz.

Em termos de desempenho, o jogo se destaca por manter uma boa taxa de quadros por segundo, mesmo em cenas de combate intenso ou em grandes explorações. A otimização foi bem feita, com carregamentos rápidos e estabilidade no desempenho, mesmo em momentos de grande movimentação ou quando há muitos NPCs na tela. Isso garante uma experiência de jogo fluída, mesmo em plataformas mais exigentes, permitindo que os jogadores desfrutem do mundo aberto sem interrupções.

A trilha sonora é uma das grandes forças do jogo, misturando elementos da tradição musical de Yakuza com influências mais marítimas e tropicais. As músicas, compostas por Hideki Sakamoto, têm uma energia vibrante que combina com a atmosfera de aventura, com melodias que capturam a sensação de exploração e liberdade no alto-mar. Além disso, as faixas de combate são intensas, transmitindo a adrenalina das batalhas. O uso de sons ambientais também é notável, com o som das ondas, pássaros e ventos criando uma sensação de imersão no cenário do Pacífico. A combinação de uma trilha sonora energética e a atenção aos detalhes sonoros reforçam a experiência imersiva e envolvente.

A pirataria compensa e tem poucos problemas

Apesar de Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii ser uma experiência envolvente e visualmente impressionante, o jogo apresenta alguns problemas que podem impactar a experiência do jogador. Um dos maiores desafios é a repetitividade das missões secundárias e dos mini-games. Embora ofereçam alguma diversão, muitas delas seguem padrões similares e podem se tornar cansativas após algumas horas de jogo.

Outro ponto negativo é a inteligência artificial dos inimigos. Em certos momentos, os adversários podem agir de maneira, tornando os combates menos desafiadores e, por vezes, entediantes. Além disso, a IA não se adapta bem a diferentes estratégias do jogador, tornando algumas batalhas mais fáceis do que deveriam ser.

Por fim, as histórias secundárias não são tão bem desenvolvidas quanto deveriam. Embora a trama principal seja envolvente, as histórias paralelas nem sempre são tão bem desenvolvidas, o que faz com que o enredo extra se sinta um pouco superficial em comparação com a riqueza da campanha principal.

Agradecimento a SEGA que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Pontos Positivos
  • Majima se destaca com seu humor e amadurecimento
  • Combate dinâmico e divertido, ambos os estilos de luta funcionam muito bem
  • Sistema de navegação funciona bem e diverte
  • Diversidade de conteúdos extras a serem feitos
  • Trilha sonora e ambientação
Pontos Negativos
  • Após algumas horas o jogo se torna repetitivo
  • IA dos inimigos é inconsistente e muitas vezes falha
  • Missões secundárias sem profundidade e muitas vezes para ser apenas conteúdo

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii

Publisher: SEGA
Console: Playstation 5

História
85%
Jogabilidade
90%
Extras
80%
Desempenho
85%
Audiovisual
85%

Veredito


85%

Like a Dragon: Pirate Yakuza in Hawaii entrega uma experiência única, misturando a insanidade de Majima com pirataria e combates intensos. O sistema de navios e a exploração marítima adicionam frescor à franquia, enquanto os mini-games e atividades secundárias garantem diversão. Apesar de algumas missões repetitivas e uma IA inconsistente, o jogo brilha com sua ambientação vibrante, trilha sonora envolvente e uma história principal cativante. É um RPG de ação ousado, que mantém a essência de Yakuza, mas com um toque marítimo inovador. Para fãs da série e novatos, é uma aventura imperdível e cheia de personalidade.

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