Se for para falar da melhor desenvolvedora de jogos do ano de 2024, vamos falar da Atlus. A empresa lançou três grandes jogos durante esse ano, e a cada novo lançamento ela parece só melhorar! Metaphor: ReFantazio é o mais recente lançamento e eu sempre me perguntei se ele seria tão bom quanto Persona 3 Reload foi, afinal de contas, ele foi um lançamento muito aclamado pelos fãs e pela crítica especializada.

Porém, Metaphor: ReFantazio não só supera Persona 3 Reload, mas se consagra como a maior obra já feita pela Atlus. É difícil explicar em apenas uma pequena introdução o que esse mundo de fantasia é, mas eu te garanto que é uma aventura épica, dramática, com reviravoltas e que te prende do começo ao fim.

Quer saber todos os detalhes de um fortíssimo candidato a jogo do ano? Então vem comigo que eu te explico!

Será que uma fantasia pode ser limitada à imaginação?

Um mundo de fantasia e um trono vazio

Metaphor: ReFantazio se passa em um mundo mágico, a morte do rei desencadeia uma série de eventos turbulentos. Sem herdeiros para o trono e com a ascensão da violência, o país enfrenta uma crise sem precedentes. Nosso protagonista, viaja para a capital com uma missão crucial: se alistar como guarda real e enviar uma mensagem à família real, uma tarefa que pode decidir o futuro do reino.

O reino vive sob a sombra de uma maldição que afeta o príncipe, seu melhor amigo, complicando ainda mais a missão do protagonista. A busca por resolver a maldição do príncipe leva a encontros inesperados e revelações que colocam o protagonista em uma encruzilhada moral. Enquanto se prepara para o funeral real, onde as tensões políticas atingem seu auge, alianças são formadas e novos vínculos são criados, cada um trazendo habilidades e conhecimentos que ajudarão na luta pela sobrevivência e pela verdade.

A partir do ponto em que começamos a criar vínculos com personagens e nos aproximamos mais deles, vemos o quão bem trabalhado foi esse jogo. Cada personagem tem sua própria missão e seu passado carregado de dor, e nosso protagonista funciona como uma alavanca moral, sempre tentando mostrar o lado bom das coisas, sendo gentil e estando ao lado deles. A jornada não se trata apenas de uma guerra politica e o trono, é sobre os laços que criamos e como ajudamos uns aos outros. É sobre a desigualdade social, é sobre preconceitos e crimes de ódio que acontecem pelo reino, mas também é sobre esperança.

Sinceramente, eu me peguei emocionado durante muitos momentos da trama, assim como senti muita raiva de Louis. Heismay é um dos personagens que mais me cativou e me deixou emocionado, assim como eu tive o coração partido por tudo que Maria passou.

O básico bem feito

Metaphor: ReFantazio é uma grande melhoria dos sistemas de Persona, seja em seu combate, menus ou calendário para atividades.

A jogabilidade de Metaphor: ReFantazio combina elementos clássicos de RPG com inovações que tornam a experiência envolvente e dinâmica. O sistema de combate é baseado em turnos, onde a estratégia desempenha um papel crucial. Os jogadores têm a liberdade de mudar os Arquetipos dos personagens fora das batalhas, permitindo uma personalização contínua e adaptativa. Essa flexibilidade é ampliada pela possibilidade de explorar as fraquezas dos inimigos durante os confrontos, tornando o combate ainda mais tático. Além disso, o uso de habilidades de sinergia entre personagens adiciona uma camada extra de profundidade ao sistema.

Os Arquétipos funcionam de maneira semelhante às Personas de títulos anteriores da Atlus, mas com grandes melhorias e diferenças. Cada personagem pode desbloquear e utilizar uma variedade de Arquétipos com habilidades específicas. Desde Cavaleiro Sagrado, Ladrão, Cléricos e muitas outras classes curam e oferecem uma grande diversidade de habilidades, permitindo que os jogadores criem combinações estratégicas para cada combate. A progressão por meio de uma árvore de Arquétipos é fluida, incentivando o desenvolvimento de relacionamentos entre personagens para desbloquear habilidades mais poderosas e novos Arquétipos.

Quero destacar também a luta contra chefes que para mim, são as mais desafiadoras já criadas pela Atlus. Todos os chefes precisam de boas estratégias para enfrentá-los, é necessário estudar o oponente e até mesmo morrer para saber qual Arquétipo usar e se preparar para a batalha.

Um mundo a ser explorado

Assim como a série Persona, aqui temos uma estrutura de missões que segue um sistema de calendário. Os jogadores têm um tempo limitado para completar certas dungeons e missões antes que um novo dia comece, criando uma sensação de urgência e planejamento. Essa mecânica incentiva a exploração cuidadosa e a otimização do tempo, introduzindo um elemento de gerenciamento de recursos na narrativa do jogo.

Além disso, temos uma grande variedade de missões secundárias, permitindo que os jogadores mergulhem mais profundamente no mundo de Euchronia. Elas podem envolver desde batalhas contra criaturas desafiadoras até interações sociais com os habitantes locais. Essas atividades frequentemente oferecem recompensas valiosas e ajudam a construir o mundo, revelando mais sobre a cultura e as hierarquias sociais dentro das cidades.

Cada área do jogo é rica em detalhes e totalmente exploráveis, variando desde os distritos mais humildes até as grandes cidade. Cada cidade possui sua própria identidade visual e social, repleta de segredos e lore a serem descobertos. Além disso, as dungeons possuem uma verticalidade e um design labiríntico que incentivam a exploração para a descoberta de recompensas ocultas, sejam elas itens para completar quests ou até mesmo armas e armaduras.

Um deleite para os amantes de Persona

Metaphor: ReFantazio, é uma obra-prima visual e sonora com todos esplendor da Atlus. Os gráficos se destacam pelo estilo anime, com personagens bem elaborados e animações fluidas que dão vida às interações. A interface é artística e intuitiva, facilitando a navegação e imersão no mundo. Os menus, especialmente o sistema de Archetypes, são visualmente atraentes, trazendo inspiração de obras clássicas.

Também é preciso destacar o design de cada personagem que encontramos pelo caminho, seja ela ele um simples oponente ou companheiro de aventura.

Além disso, a trilha sonora, composta por Shoji Meguro, combina elementos medievais, criando uma experiência auditiva única. Os temas de batalha são bem elaborados e se tornam memoráveis, tornando cada batalha contra chefe única.

Agradecimento a Atlus que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Pontos Positivos
  • Narrativa profunda e desenvolvida
  • Jogabilidade melhorada em relação aos jogos da série Persona
  • Missões secundárias
  • Desenvolvimento dos personagens
  • Ambientação e detalhes visuais
  • Estilo artístico do jogo

Metaphor: ReFantazio

Publisher: SEGA
Console: Playstation 5

História
100%
Jogabilidade
100%
Conteúdo Extra
100%
Desempenho
100%
Audiovisual
100%

Veredito


100%

Metaphor: ReFantazio é um destaque da Atlus, unindo uma narrativa sobre politica e amizade com personagens únicos e marcantes. O combate estratégico permite táticas variadas, enquanto o mundo rico de Euchronia convida à exploração. As missões secundárias e a trilha sonora enriquecem a experiência. Metaphor é a experiência definitiva da Atlus, uma obra única, completa e impactante, sendo essencial para fãs de RPG, valendo cada minuto investido.

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Uma resposta para “Review – PS5 | Metaphor: ReFantazio”

  1. […] os principais fatores para o sucesso. A empresa também exaltou a ATLUS, responsável por Persona, Metaphor: ReFantazio e Unicorn Overlord, como uma das aquisições mais bem-sucedidas. A ATLUS foi adquirida pela SEGA […]

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