Como um grande fã de Disgaea e jogos desenvolvidos pela Nippon Ichi Software, Phantom Brave: The Lost Hero não passaria batido por mim. Eu me surpreendi de formas extremamente positivas com o título, principalmente por suas mecânicas de Confine, que dão um toque estratégico único ao título

Nesse review eu vou te explicar porque Phantom Brave é muito mais que um “jogo parecido” com Disgaea.

Marona e os Phantoms

Phantom Brave: The Lost Hero possui um narrativa simples e encantadora, onde segue a história de Marona, uma jovem que tem o poder de confinar espíritos em objetos, dando-lhes uma forma física para que possam lutar ao seu lado. Visto como maus olhos pela sociedade, ela vive isolada em uma ilha, até conhecer Ash, um outro Phantom, que se torna seu amigo e parceiro. Juntos, eles passam por diversas adversidades, ajudam outros espiritos e tentam descobrir o segredo por trás de sua origem.

Além disso, a história se expande ainda mais com a adição de Apricot, um pirata fantasma que busca seu pai perdido. Com uma narrativa bem contada e envolvente, viajamos por diversas ilhas com Marona e Apricot, enfrentando inimigos e desvendando mistérios sobre a origem e passado de ambos. A história possui diversos temas centrais, como empatia, amizade, superação e o julgamento da sociedade. O enredo consegue misturar momentos leves e divertidos com temas centrais mais sérios sem perder o foco principal da história.

Mecânicas que prendem o jogador

Phantom Brave possui uma jogabilidade extremamente divertida e satisfatória, onde o combate por turnos não conta com um grid fixo. Aqui os personagens possui liberdade para sse moverem livremente dentro de um área demarcada no campo de batalha, permitindo um posicionamento estratégico e maior flexibilidade para cada combate.

Junto dessa flexibilidade, temos a principal mecânica de Marona: CONFINE. Com essa técnica podemos confinar phantoms em objetos ao redor do campo de batalha, tornando pedras, caixas ou árvores em aliados para atacar os inimigos. No entanto, cada phantom tem um número limitado de turnos, porém, sua permanência pode se estendida através de magias. Baseado em suas escolhas para o combate, o jogo se torna um gerenciados, fazendo com que o jogador equilibre o campo de batalha com seus phantoms e habilidades que estarão disponíveis.

Além disso, temos outras mecânicas que podem mudar o rumo do campo de batalha, como Confriend, onde Marona se fundo a um phantom e ganhar poderes extras, ou até mesmo Confire, que permite convocar e contra armas como canhões e outras ferramentas no campo de batalha. A progressão do jogo funciona bem, porém, se torna cada vez mais complexa.

Um dos grandes pontos é a personalização, onde diversos objetos podem ser utilizados como armas, tudo depende do jogador e das estatísticas de bônus oferecidos pelo item. Mas também é preciso fortalecer seus phantoms através da reencarnação ou despertar, permitindo que eles atinjam níveis extremamente altos – como vemos na série Disgaea.

A arte que já conhecemos

Phantom Brave mantém um estilo visual encantador, com modelos 3D que, embora simples, têm um charme único. Os personagens, como Marona e Apricot, são cativantes e bem desenhados, e seus movimentos no campo de batalha são suaves, embora o design geral das paisagens e cenários sejam mais simples. Os campos de batalha, em sua maioria, possuem uma estética tropical ou inspirada em ilhas, refletindo o tema do jogo, mas às vezes podem parecer excessivamente ocupados, com muitos objetos e elementos no fundo que podem prejudicar a clareza visual em meio ao caos das batalhas.

O desempenho do jogo é estável, com a maior parte da experiência sendo fluida no PS5. Não há grandes quedas de fps, bugs ou glitchs que atrapalhem a experiência, o que é positivo, considerando as várias mecânicas e efeitos que estão presentes durante as batalhas. Além disso, o jogador pode escolher entre o modo Performance ou Desempenho nas opções, algo que realmente não interfere tanto, visto que o jogo não tende a ser ultra realista.

O design de som complementa bem o visual e a atmosfera do jogo, com uma trilha sonora alegre e encantadora que combina com o tema das ilhas tropicais.

Bem executado, mas mal explicado

Embora Phantom Brave: The Lost Hero seja um jogo bastante divertido, ele possui alguns problemas que podem tornar a jornada cansativa. Primeiramente, o jogador passará por sérios problemas para entender como as mecânicas Confriend, Confine e Confire funcionam, exigindo tentativas e erros, já que o jogo não dá tantas dicas de como utiliza-las, apenas o básico. Isso acontece principalmente durante as primeiras horas de jogo e demora um bom tempo até conseguir masterizar 100% o sistema de combate.

Além disso, a narrativa se arrasta de forma desnecessária e lenta nas primeiras horas de jogo. Mesmo contando com uma história envolvente e cheia de momentos marcantes, os primeiros capítulos são bem arrastados, dando uma sensação de lentidão e de que talvez a história não engate.

Para nós brasileiros, tudo citado acima piora 100%, visto que o jogo não tem legendas ou menus em português! Isso pode fazer com que muitos não entendam a história ou os poucos tutoriais que o jogo apresenta.

Por fim, a variedade nas batalhas nem sempre é balanceada. Alguns confrontos podem parecer repetitivos ou cansativos, enquanto outros são excessivamente difíceis, fazendo com que o jogador precise repetir várias vezes certas seções. Mesmo gostando de um bom desafio, a parte final da campanha pode ser extremamente frustrante.

Agradecimento a NIS America que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Pontos Positivos
  • Narrativa envolvente e com momentos marcantes
  • O combate é estratégico e possui boas mecânicas
  • Sistema de Confine, Confriend e Confire
  • Direção de arte simples e encantadora
Pontos Negativos
  • Falta de tutorias mais explicativos
  • Começo do jogo é muito arrastado
  • Falta de localização em PT-BR
  • Batalhas repetitivas e cansativas

Phantom Brave: The Lost Hero

Publisher: NIS America
Console: Playstation 5

História
80%
Jogabilidade
85%
Extras
70%
Desempenho
85%
Audiovisual
80%

Veredito


80%

Phantom Brave: The Lost Hero é um jogo encantador que combina uma narrativa simples, mas profunda, com uma jogabilidade estratégica envolvente. A mecânica de Confine oferece muitas possibilidades táticas, enquanto a personalização dos phantoms garante grande profundidade ao jogo. No entanto, as mecânicas podem ser difíceis de entender no início, e a falta de legendas em português pode dificultar a experiência para jogadores brasileiros. A narrativa também se arrasta no começo, e algumas batalhas se tornam frustrantes. No geral, é um título cativante com alguns contratempos.

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