Atirar em nazistas é algo que nunca se torna cansativo, principalmente quando podemos estourar seus testículos ou cérebro. Sniper Elite: Resistance traz consigo tudo que a franquia construiu ao longo dos ano com pequenas melhorias, bem pequenas mesmo tá? Porém, ainda é um jogo extremamente divertido, principalmente se jogar de forma cooperativa.

Prepare seu rifle e não tenha dó de nazistas durante a leitura desse review.

De volta a Segunda Guerra Mundial

Sniper Elite Resistance se passa na única parte da história possível para um jogo do gênero: Segunda Guerra Mundial. Se passando em paralelo aos eventos do Sniper Elite 5, jogamos com Harry Hawker, capitão da SOE britânica, que se junta a resistência francesa para acabar com os nazistas. Durante a jornada, Hawker descobre que os alemães estão tramando uma nova superarma que pode mudar o rumo da guerra, e nosso objetivo é impedir que isso aconteça.

Ao longo da jornada, o jogo conta diversos detalhes da Segunda Guerra Mundial nas entrelinhas, até mesmo através dos coletáveis. No entanto, o principal está nas cutscenes apresentadas após cada missão, que oferecem uma visão geral de como está a guerra e transmitem um tom de urgência para atingir nosso objetivo.

Embora a narrativa seja um tanto datada, o trabalho em equipe com a resistência se destaca, mas o maior foco, como sempre, é estourar os miolos de fascistas. Vale lembrar que a campanha pode ser jogada toda no modo cooperativo online, o que torna a jornada ainda mais divertida.

Pra que mexer em time que está ganhando?

Sniper Elite Resistance entrega a fórmula clássica da série, mesclando entre momentos de stealth, onde planejamos como um bom sniper e momentos de ação. Durante toda a jornada é possível optar por abordagens mais silenciosas, marcando alvos e realizando tiros de precisão por longas distancias. Porém, em alguns momentos é preciso agir de forma mais rápida e agressiva, utilizando SMGs ou pistolas silenciadas, tornando-o um jogo de tiro em primeira pessoa.

Claro que as killcams estão de volta e são o maior destaque da franquia. Atirar em fascistas e ver a bala atravessando eles em câmera lenta enquanto seus órgãos explodem é algo que nunca perde o charme, certo? Momentos como esses são marcantes e tornam o jogo ainda mais divertido, principalmente se você se aventurar pela primeira DLC lançada, onde podemos matar Hitler das mais variadas formas, incluindo estourando seus testículos – sim, tem um troféu para isso.

Além da campanha, o jogo oferece diversos modos de jogo, como as Missões de Propaganda que exigem tática e precisão dos jogadores, principalmente se jogar no modo Autêntico e buscar três estrelas. Essas missões são baseadas em pontuação de desafios e tempo, exigindo bastante conhecimento na jogabilidade e nas missões em si.

Além disso, o Modo Survival testa suas habilidades ainda mais, onde precisa enfrentar 12 ondas de inimigos. Apesar de parecer desafiador demais, o jogo é até amigável e conta com checkpoints entre algumas ondas, não precisando finalizar tudo em uma jogada.

Por fim temos um modo online competitivo que conta com quatro modos: Free-For-All, Deathmatch, Team Deathmatch e Squad Match.

Uma evolução, mas pouco inspirada

Sniper Elite Resistance é uma boa evolução se comparado ao Sniper Elite 5, principalmente nos ambientes do jogo. Com uma boa variedade de mapas que mostram a real destruição da França, além de diversas bases e castelos. O jogo imerge o jogador na atmosfera da Segunda Guerra Mundial, utilizando um belo jogo de iluminação e clima. O jogo garante uma bela variação em seu ambientes, garantindo que não seja uma grande repetição de cenários e clima, possuindo um bom contraste com a destruição da guerra e belos locais.

A modelagem dos personagens é bem feita, com grande atenção aos detalhes nos uniformes e armas. Porém, nada inovador, visto que se tratam apenas de NPCs de guerra para matarmos, mas ainda assim foi um belo trabalho.

O jogo possui um desempenho de última geração realmente, com uma experiência fluida, sem quedas de fps e crashes durante toda a jornada. Além disso o tempo de carregamento é bem rápido, tornando tudo mais dinâmico, até mesmo em caso de morte e renascer novamente.

Falta inovação

Sniper Elite Resistance possui problemas que vemos desde Sniper Elite V2, eu acho. A movimentação do personagem não é fluida e frequentemente fica travada, além de algumas interações com objetos não funcionarem corretamente. Além disso, o sistema de combate corpo a corpo, é impreciso, tornando as animações de luta estranhas, com nosso personagem e inimigos se movimentando de forma descoordenada no inicio.

Um dos problemas menores é a falta de inovação na narrativa, sei que se trata de um jogo da Segunda Guerra Mundial e não tem muito para onde fugir, o problema é que além de se passar em paralelo de Sniper Elite 5, o jogo parece uma DLC onde vemos um outro ponto de vista. Claro, o jogo tem melhorias gráficas e de efeitos, mas nada absurdo, e é fácil perceber que a franquia precisa de uma renovação urgente.

Além disso, os outros modos de jogo são mal aproveitados. Por exemplo, o Modo Propaganda é extremamente divertido e apresenta um bom desafio, mas conta com apenas sete missões – provavelmente adicionarão mais via DLC.

Agradecimento a nossa parceira Nuuvem que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Sniper Elite Resistance é uma evolução sólida da franquia, com gráficos melhorados e boa variedade de modos de jogo, mas sofre com falta de inovação e jogabilidade travada. Apesar de divertido, principalmente com as killcams e a colaboração com a resistência, o jogo não apresenta grandes avanços, parecendo mais uma expansão do que uma verdadeira renovação.