Review – PS5 | The Stone of Madness

The Stone of Madness se passa em um mosteiro jesuíta nos Pirineus, na Espanha do século XVIII. O protagonista, Alfredo Martin, é um sacerdote injustamente preso em um sanatório, junto com outros personagens excêntricos, como uma violinista autolesionista, uma suposta bruxa, um gigante amnésico e uma órfã bagunceira. Além disso, todos compartilham traumas psicológicos e habilidades únicas que devem ser usadas para escapar do mosteiro e desvendar os mistérios por trás de sua sinistra estrutura.

Durante o jogo, a narrativa se desenrola de maneira não linear, com missões que podem ser abordadas de diferentes maneiras, incentivando o jogador a experimentar novas táticas. A cada noite, os personagens podem descansar e cuidar da saúde mental uns dos outros, trazendo um aspecto de gestão de recursos à jogabilidade. A história, embora não particularmente inovadora, explora temas de abuso de poder e sofrimento psicológico em um ambiente opressor.

A jogabilidade é baseada em stealth, onde o jogador deve guiar os personagens de um ponto A a um ponto B sem ser detectado. Cada personagem possui uma habilidade especial, e a cooperação entre eles é essencial para superar os obstáculos. Por exemplo, a pequena Amelia pode se infiltrar em passagens estreitas, enquanto o forte Eduardo pode mover objetos pesados. Além disso, o jogo também apresenta um sistema de fobias, onde certos personagens têm reações específicas a eventos ou ambientes, como Alfredo, que desmaia ao ver cadáveres.

The Stone of Madness (2025)

Os desenvolvedores, trabalharam de forma meticulosa na criação do mosteiro, com uma atenção minuciosa aos detalhes, desde os interiores claustrofóbicos até as paisagens externas, que reforçam a sensação de confinamento e desespero. Os sprites, com um estilo visual antigo e reminiscente de livros góticos, ajudam a imergir o jogador em um ambiente sombrio, onde cada canto parece esconder algo sinistro. Além disso, a direção de arte consegue capturar uma sensação de decadência e corrupção moral, fundamental para a temática do jogo.

Entretanto, o jogo não está isento de problemas técnicos. Um dos principais pontos negativos está relacionado ao desempenho, com alguns jogadores enfrentando dificuldades ao carregar todos os elementos do jogo, o que pode resultar em quedas de desempenho ou até travamentos. Além disso, o jogo sofre com objetos sendo colocados atrás de paredes, o que pode causar frustração durante momentos críticos, como durante uma fuga furtiva.

Embora o design visual seja impressionante, a falta de um log de missões mais claro também dificulta a compreensão de certos objetivos e progressões. Os jogadores podem se perder facilmente devido à quantidade de elementos e habilidades a serem gerenciados, o que pode tornar a experiência um pouco confusa e desorganizada.

Agradecimentos a Tripwire Presents que nos enviou o jogo para a produção do review.

Conclusão

The Stone of Madness oferece uma narrativa psicológica envolvente e uma atmosfera gótica impressionante, com mecânicas de stealth e personagens excêntricos com habilidades únicas. No entanto, o jogo sofre com problemas de desempenho, como quedas e travamentos, além de falhas gráficas que prejudicam a jogabilidade. A falta de clareza nos objetivos também pode gerar confusão. Apesar dessas falhas, o jogo tem grande potencial para quem aprecia uma história sombria, mas os problemas técnicos limitam sua experiência geral.