Tomb Raider IV-VI Remastered reúne três clássicos da era Core Design, cada um com história e ambientação únicas.

Tomb Raider IV: The Last Revelation se passa no Egito e tem um tom sombrio. Lara desperta o deus Set ao remover um artefato sagrado e precisa corrigir seu erro antes que o mundo seja destruído. O jogo explora sua relação com Werner Von Croy, mentor, dando profundidade ao enredo e relação de ambos.

Tomb Raider V: Chronicles ocorre após The Last Revelation e revisita momentos do passado de Lara. Amigos da protagonista narram suas aventuras, explorando Roma, uma mansão mal-assombrada e um arranha-céu em Nova York. Apesar de pertencer à série principal, tem um tom de spin-off.

Tomb Raider VI: The Angel of Darkness traz uma trama mais madura. Acusada do assassinato de Von Croy, Lara investiga uma seita secreta e as misteriosas Pinturas Obscuras, enquanto foge da polícia. O jogo introduz Kurtis Trent como co-protagonista, mas infelizmente a adição do personagem não foi bem recebida em seu lançamento, e continua sendo algo ruim nos dias atuais.

A remasterização mantém os controles tanque para os nostálgicos, mas adiciona um esquema moderno mais fluido. Embora ágil, alguns jogadores podem sentir falta da precisão dos comandos antigos. Entre as melhorias de qualidade de vida, destaca-se a opção de salvar a qualquer momento, evitando a frustração de pontos de salvamento fixos.

Chefes agora possuem barras de vida, podendo ser ativadas ou desativadas no menu. Novas animações foram adicionadas para ações de Lara, como ao segurar-se em bordas ou fazer giros rápidos. Além disso, conteúdo restaurado em The Angel of Darkness, incluindo itens e habilidades inéditas, oferece uma experiência mais completa.

Presente e passado

Tomb Raider IV-VI Remastered respeita o legado dos jogos originais, mas com melhorias significativas. Lara está com um modelo muito mais bonito e detalhado, com mais texturas e polígonos, além de animações mais naturais, mas que mantém a essência clássica.

Os jogadores podem alterar a qualquer momento entre os gráficos originais e os modernos. Além disso, os gráficos modernos rodam em 4K a 60fps, trazendo uma fluidez única para a coletânea. Enquanto o visual clássico traz o visual pixelado, ideal para os nostálgicos. O desempenho estável de todos os jogos proporcionam uma experiência fluida em qualquer um dos modos.

Porém, The Angel of Darkness não recebeu melhorias tão impactantes, pois já possuía gráficos mais avançados no PS2. Ainda assim, há aprimoramentos nas texturas, iluminação e efeitos visuais. Além disso, o campo de visão foi ampliado, tornando a exploração mais imersiva e dinâmica. Mas o maior destaque do título é que ele está totalmente dublado em português!

Apesar das melhorias, alguns aspectos podem frustrar diversos jogadores, principalmente os que não estão acostumados com os jogos. O controle moderno, embora mais fluido, não elimina completamente a rigidez dos movimentos, principalmente em The Angel of Darkness. Saltos precisos e movimentação em espaços apertados ainda podem ser desafiadores. Além disso, problemas na iluminação afetam a visibilidade em algumas fases de The Last Revelation, dificultando a identificação de plataformas e superfícies. Mesmo alternando entre os gráficos modernos e clássicos ameniza a questão, mas não a resolve completamente.

No entanto, o jogo repete erros do passado, como a IA dos inimigos que continuam burros, muitos deles ficam presos em obstáculos ou paredes. Além disso, o jogo mantém os problemas de colisão e detecção de bordas, dificultando alguns saltos.

Agradecimento a Aspyr que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Tomb Raider IV-VI Remastered honra os clássicos da era Core Design com gráficos aprimorados, controles modernizados e melhorias de qualidade de vida. A possibilidade de alternar entre visuais antigos e novos agrada a todos os públicos, e a adição de conteúdo restaurado em The Angel of Darkness é um bônus bem-vindo. No entanto, a rigidez dos controles, problemas de iluminação e falhas na IA permanecem.