Jogos de gerenciamento sempre foram algo extremamente divertido pra mim, e fiquei extremamente animado com o anúncio de Two Point Museum. O jogo chega trazendo mecânicas frescas para a franquia, como as expedições para localizar peças para seu museu, mas mantém toda a essência do gerenciamento apresentado nos jogos anteriores.

Two Point Museum é tranquilamente o melhor jogo do estúdio até aqui e entrega aos jogadores horas e horas de diversão, seja no modo campanha ou sandbox.

Prepare-se para uma jornada que pode ser estressante se não souber como gerenciar!

Uma experiência rica em detalhes

Two Point Museum é uma das experiências mais ricas do genêro de gestão e o melhor título já feito pela Two Point Studios. O jogo mantém uma estrutura semelhante aos jogos anteriores, onde temos campanha guiadas, que servem como uma grande introdução ao mundo da curadoria, nos explicando detalhadamente cada detalhe do jogo. Além disso, temos um modo sandbox completamente personalizável, que dá liberdade total para o jogador moldar seu museu.

O jogo se baseia em ciclos de gestão, nos quais o jogador precisa equilibrar a satisfação dos visitantes, a eficiência da equipe e a aquisição de novas exposições. Um dos aspectos mais interessantes de Two Point Museum são as expedições, nas quais funcionários são enviados para encontrar novas peças para o acervo. Cada expedição pode ter desafios únicos, como riscos à segurança dos funcionários e a possibilidade de falha na recuperação de artefatos.

A mecânica de personalização também se destaca. É possível modificar cada detalhe da estrutura dos museus, desde a disposição das exposições até a decoração do ambiente, criando espaços verdadeiramente únicos. Além disso, é preciso equilibrar os recursos financeiros, investindo em melhorias, treinamento de funcionários e segurança para evitar roubos.

Cada museu tem seu próprio tema e mecânicas específicas, o que mantém a jogabilidade variada e evita a sensação de repetição. Alguns locais incluem desafios extras, como lidar com fantasmas em um hotel assombrado ou explorar um antigo sítio arqueológico alienígena. Essa variação entre as campanha torna o jogo divertido e sempre com um toque de novidade ao descobrir novas peças.

Uma verdadeira surpresa

A interface, apesar de abarcar muitas funcionalidades, é bem organizada e muito intuitiva, especialmente para veteranos do gênero. Para os novatos no gênero, o jogo pode parecer confuso e complexo, mas ele apresenta tutoriais detalhados para cada uma das funções, facilitando o entendimento de cada menu.

O ritmo do jogo é algo que surpreende. Apesar de possuir longos tutoriais no começo, assim que o jogador ganha total liberdade de suas ações, a jogabilidade se torna extremamente envolvente. A progressão de descobrir novas peças, gerenciar visitantes e funcionários, expandir o museu, cria uma experiência que horas se passam e você nem percebeu.

O que torna o jogo ainda mais envolvente, são os eventos aleatórios que acontecem, onde o jogador precisa lidar com eles e diversas crises que acontecem dentro do museu. É possível que desastres naturais ou protestos de visitantes aconteçam e você precise lidar com isso da melhor forma para não perder reputação e dinheiro. Além disso, é possível que seu museu se torne alvo de ladrões e vândalos, necessitando que invista na segurança de cada artefato.

A melhor versão

Os gráficos de Two Point Museum seguem o estilo cartunesco e colorido característico da série Two Point. Os personagens possuem animações exageradas e expressivas, o que ajuda a manter o tom humorístico do jogo. O design dos museus é vibrante, e cada exposição possui um nível de detalhe impressionante, desde fósseis e artefatos históricos até recriações fantasiosas de descobertas alienígenas.

A interface é bem organizada, com menus intuitivos e informações bem distribuídas. A estética visual não busca realismo, mas sim um estilo animado que combina perfeitamente com a proposta do jogo. A iluminação e os efeitos visuais são simples, mas eficazes para dar vida aos museus, e há uma ótima variedade de elementos decorativos para personalizar cada ambiente.

No PS5, o desempenho é perfeito, com carregamentos rápidos e sem quedas de frames. Os tempos de carregamento são reduzidos em comparação com versões anteriores da franquia, tornando a experiência mais fluida. Os controles no console foram bem adaptados, com atalhos inteligentes que minimizam a falta do mouse e teclado.

Se atente aos problemas do museu

Apesar de ser um jogo bem polido e otimizado, Two Point Museum não está livre de problemas. O mais evidente deles é o longo tutorial, que pode se estender por mais de 5 horas antes de dar total liberdade ao jogador.

A interface, apesar de bem organizada, ela se torna um pouco confusa no controle, especialmente na hora de navegar por menus mais profundos. Isso se torna mais evidente conforme os museus crescem e o número de tarefas gerenciais aumenta. Embora tenham adaptado bem o sistema para consoles, ainda sentimos a falta de precisão do controle em alguns momentos, principalmente ao tentar posicionar objetos ou em momentos caóticos e muita coisa está acontecendo.

O jogo se torna muito caótico após o crescimento do museu, isso pode deixar o jogador bem confuso e sem saber qual rumo tomar. No final da campanha e no modo sandbox, os roubos se tornam uma ameaça significativa, e mesmo com investimentos pesados em segurança, ladrões ainda conseguem levar exposições valiosas sem que o jogador possa fazer muito para impedir.

Agradecimento a SEGA que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Two Point Museum é o melhor jogo da franquia até agora, entregando uma experiência divertida e viciante para fãs de gerenciamento. Com mecânicas variadas e visual carismático, ele encanta e desafia na medida certa. Apesar de alguns problemas na interface e segurança, seu conteúdo vasto e envolvente garante horas de diversão.