Review | Little Kitty, Big City: experiência acolhedora para fãs de gatos

Review | Little Kitty, Big City: experiência acolhedora para fãs de gatos

Little Kitty, Big City é uma aventura em mundo aberto que nos coloca na pele de um gatinho doméstico que está perdido em uma grande metrópole inspirada em Tóquio. O jogo foi desenvolvido pela Double Dagger Studio, e entrega uma experiência leve, charmosa, despretensiosa e extremamente divertida, ideal para quem busca algo mais relaxante e casual.

O jogo não possui uma grande história mirabolante, mas a simplicidade de encanta. A aventura tem inicio após o pequeno animal cair da varanda de seu apartamento, onde precisa encontrar quatro peixes mágicos para reunir energia suficiente e voltar para casa, escalando vinhas até o alto do prédio. A história não possui grandes reviravoltas ou um grande plot, mas ela ocorre de maneira sutil, com interações pontuais que funcionam para a trama.

Em Little Kitty, Big City, a jogabilidade foca na exploração e em pequenas interações que criam uma experiência leve e encantadora. Durante a aventura, o jogador participa de atividades secundárias simples, mas cheias de charme, como ajudar patos a se reunirem, reciclar latas ou colaborar com um artista de rua. Essas tarefas, embora descomplicadas, enriquecem o mundo do jogo, proporcionando momentos fofos e divertidos que constroem uma atmosfera acolhedora.

Os desafios combinam exploração, resolução de pequenos quebra-cabeças e missões variadas. O gato precisa se esgueirar, pular e escalar para acessar locais inesperados, enfrentando obstáculos urbanos típicos, como cães hostis, objetos instáveis e pessoas distraídas. As missões frequentemente trazem humor, como ajudar um besouro a roubar um smartphone para seu chefe influencer ou auxiliar “Mayyyyyoor” a encontrar objetos importantes para voltar para casa.

O mundo aberto, embora compacto, é muito bem planejado e captura perfeitamente a essência do cotidiano japonês. Ao longo do percurso, é comum passar por lojas de conveniência, ruas movimentadas, e encontrar diversos animais e personagens que dão vida à cidade. Essa ambientação detalhada convida o jogador a explorar e se envolver com o cenário, tornando cada canto interessante e cheio de pequenas surpresas.

A movimentação do gato, protagonista da história, é simples e charmosa, proporcionando diversão em sua proposta. No entanto, o jogo enfrenta alguns problemas nas partes de plataforma. A física, por vezes, se mostra inconsistente, e a câmera sofre especialmente em ambientes fechados, dificultando a navegação e causando frustrações pontuais. Esses detalhes, embora pequenos, podem atrapalhar a fluidez em certos momentos, mas felizmente não chegam a comprometer a experiência geral, que se mantém leve e agradável.

O jogo também recompensa a curiosidade, escondendo colecionáveis espalhados pela cidade, o que incentiva a exploração dos ambientes ricos e detalhados. Embora o jogo não seja difícil, os desafios são variados e estimulantes, garantindo que o jogador se divirta enquanto descobre novos cantos da cidade, causa confusão e coleciona acessórios para seu gato estiloso.

Um dos pontos mais encantadores do jogo é a personalização do gato. Conforme você avança e completa missões para os animais que encontra, é possível desbloquear uma grande variedade de chapéus e acessórios. Esses itens não apenas aumentam o charme do gatinho, mas também reforçam o tom leve e divertido do jogo. De chapéus simples a acessórios mais extravagantes, a personalização é uma maneira adorável de expressar a personalidade travessa do seu gato ao longo da jornada.

Em termos de duração, o jogo é curto — levando de uma a duas horas para ser concluído, dependendo do grau de exploração. Para alguns, isso será o tempo ideal para uma experiência breve e satisfatória. Para outros, a ausência de desafios mais complexos e a repetição de algumas mecânicas pode deixar um gostinho de superficialidade. A rejogabilidade é baixa, com tarefas secundárias simples como deitar em caixas ou empurrar objetos, que funcionam mais como distrações do que conteúdo substancial.

Visualmente, Little Kitty, Big City adota um estilo cel-shaded que combina com a proposta cartunesca e relaxante do título. O jogo é encantador em seu visual, com animações expressivas que transmitem bem a personalidade felina do protagonista. No entanto, o desempenho gráfico decepciona no PlayStation 5, onde o título roda a apenas 30 quadros por segundo, comprometendo a fluidez — especialmente em seções de plataforma que exigem saltos precisos.

Agradecimentos a Double Dagger Studio que nos enviou o jogo para a produção do review!

Conclusão

Little Kitty, Big City é uma aventura charmosa e acolhedora que entrega exatamente o que se propõe: uma tarde leve na pele de um gato travesso. Apesar de limitações técnicas e simplicidade em algumas mecânicas, o jogo conquista com seu estilo visual encantador, humor leve e atmosfera relaxante. Ideal para quem busca um momento de tranquilidade e diversão casual, com direito a miados, travessuras e muita fofura.

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