Review | The First Berserker: Khazan – Estilo e Fúria em um Soulslike desafiador

Review | The First Berserker: Khazan – Estilo e Fúria em um Soulslike desafiador

Como um amante do gênero soulslike, eu jamais deixaria The First Berserker: Khazan passar batido, e como fui feliz durante toda a jornada! O título chega com um combate intenso e divertido, onde eu fui desafiado a melhorar e aprender os ataques inimigos. Mas não só isso, o jogo possui uma personalização gigantesca, oferecendo diversas builds para qualquer arma que queira jogar.

Com uma narrativa intensa em busca de vingança, você se prende ao conto de Khazan e se vê envolto em uma história de traições.

Nesse review eu te conto todos os detalhes desse, que foi um dos melhores jogos que joguei esse ano e talvez, um dos melhores soulslikes fora da FromSoftware.

The First Berserker: Khazan segue a história do Grande General do Império Pel Los, Khazan, um herói lendário que, após ser traído pelo próprio imperador e seus aliados, é acusado de traição e deixado para morrer. No entanto, seu fim não é definitivo: Khazan desperta com uma força sobrenatural, o Fantasma da Lâmina, uma entidade misteriosa que planejava possuir seu corpo. Unidos por um pacto sombrio, os dois personagens embarcam em uma jornada de vingança e redenção, onde o Fantasma precisa do corpo de Khazan para sobreviver, e Khazan depende de seus poderes para destruir tudo em seu caminho.

A narrativa do jogo, embora inicialmente envolvente e com potencial dramático, apresenta problemas típicos do gênero soulslike: sua fragmentação. Grande parte da história e do mundo é revelada por meio de textos colecionáveis e missões secundárias, o que pode dificultar o entendimento completo da trama, especialmente para jogadores menos atentos ou que não se aprofundam em conteúdos opcionais. O foco narrativo também recai quase exclusivamente sobre Khazan e o Fantasma, deixando os demais personagens com pouco desenvolvimento e presença apenas em pequenos flashbacks, o que é uma oportunidade desperdiçada para enriquecer o universo do jogo.

A jogabilidade, por outro lado, é o grande trunfo de Khazan. Com um sistema de combate inspirado nos clássicos soulslike, o título entrega uma experiência precisa, intensa e desafiadora. A gestão de estamina é fundamental: saber o momento certo de atacar, esquivar ou bloquear pode ser a diferença entre a vida e a morte. Cada tipo de arma – lança, espada grande e lâminas duplas – oferece um estilo único de combate, com sua própria árvore de habilidades. Além disso, o jogador pode acumular pontos de ação para desbloquear novas técnicas e tem a liberdade de resetar os pontos a qualquer momento, incentivando a experimentação de diferentes builds.

O combate se torna ainda mais gratificante com mecânicas de bloqueios e esquivas perfeitas, que abrem espaço para contra-ataques devastadores. Isso torna cada confronto, principalmente contra chefes, uma espécie de dança onde o tempo e a precisão são essenciais. Porém, esse sistema exige bastante do jogador, e mesmo no modo fácil, a dificuldade pode ser extremamente punitiva, o que pode afastar quem busca uma experiência mais acessível.

Os chefes são um espetáculo à parte – brutais, rápidos e, muitas vezes, imprevisíveis. A maioria possui duas fases, adicionando uma nova camada de desafio. Lutas contra inimigos como a temida Maluca exigem estratégia, paciência e domínio das mecânicas. Ainda assim, o jogo às vezes peca pela repetição: as missões secundárias, apesar de importantes para progressão e obtenção de itens raros, costumam reutilizar os mesmos ambientes e chefes das missões principais, o que pode torná-las previsíveis e menos inspiradas do ponto de vista da jogabilidade.

Um aspecto bem desenvolvido é o sistema de personalização. Além de moldar o estilo de combate por meio das armas e habilidades, o jogador pode fundir Khazan com diferentes Fantasmas, obtendo bônus em atributos como ataque, defesa e cura. Essa mecânica é profunda e incentiva a exploração completa do mundo, especialmente através das missões secundárias.

O sistema de equipamentos também é robusto, permitindo combinações de armaduras que desbloqueiam habilidades adicionais quando usados em conjunto. A progressão é recompensadora: novas missões rendem melhores equipamentos e receitas, que podem ser forjadas, aprimoradas ou desmontadas para obtenção de materiais raros.

Visualmente, The First Berserker: Khazan é deslumbrante. Com um estilo cel shading que mistura estética de anime com cenários 3D, o jogo se destaca por fugir da paleta sombria tradicional. Os personagens são ricamente detalhados e os ambientes variam entre cavernas sombrias e templos majestosos, cada um com identidade visual única. A iluminação e o uso de cores e sombras criam atmosferas intensas, amplificando a imersão em momentos cruciais, especialmente nos confrontos contra chefes.

As animações são suaves e os movimentos durante o combate são precisos, aumentando a sensação de controle. No PlayStation 5, o desempenho é impecável: sem quedas de FPS, tempos de carregamento mínimos e transições rápidas entre áreas. Além disso, a interface é clara e bem projetada, facilitando a navegação por menus e inventários, com uma boa escolha de cores para destacar itens e opções.

Agradecimento a NEXON que nos enviou o jogo para a produção do review!

Conclusão

The First Berserker: Khazan é uma experiência intensa e recompensadora, que brilha especialmente por seu combate refinado, visual marcante e sistema de personalização profundo. Apesar dos tropeços na narrativa fragmentada, na dificuldade desbalanceada, o jogo oferece uma jornada digna para os fãs do gênero soulslike. É um título que exige paciência, estratégia e dedicação – mas que recompensa cada passo dessa jornada de vingança com sangue, suor e estilo.

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