Desde o anúncio e primeiro vislumbre de The Plucky Squire, todos os fãs de indies ficaram encantados e ansiosos pelo título, eu fui um deles. Com sua variação de jogabilidade e narrativa no formato de história, o título trouxe grandes expectativas.
Será que ele é um dos melhores indies de 2024? Vem comigo nesse review para saber todos os detalhes!
Pontinho o grande herói!
The Plucky Squire ou O Escudeiro Valente narra a história de Pontinho, o herói do reino de Mana, que é governado pela Rainha Croma. O reino enfrenta uma eterna batalha contra o feiticeiro Enfezaldo, o arqui-inimigo de Pontinho. Pontinho derrota Enfezaldo todas as vezes, assim como todo livro que narra a história de um herói. Durante os minutos descobrimos que Pontinho além de ser um bravo herói, ele também é um escritor, cuja aventuras encantam todos os morados do reino.
A jornada contará novamente a história do herói e seus companheiros. Barbalua, o grande mentor de Pontinho é o primeiro personagem a nos ser apresentado. Também apresentamos Pipu, um pequeno pet que nos acompanhará; Violeta, uma amiga de infância de Pontinho que fará parte da jornada; e o Troll da Montanha. Juntos, formamos um grupo de amigos que trilhará um árduo caminho para acabar com os planos de Enfezaldo.
Durante a história temos um ponto de virada importante, onde o jogo quebra a quarta parede pela primeira vez e transporta Pontinho para fora do seu livro. É nesse momento que nosso protagonista entende como o seu livro funciona e se utiliza de artificios do mundo exterior para tomar a dianteira da sua história novamente.
Assim como em toda história, o narrador se destaca ao contar a trama de forma simples e explicativa, como alguém que conta uma história para uma criança.
Uma mescla de gêneros
The Plucky Squre apresenta uma jogabilidade simples, mas atrativa e variada. Durante nossa jornada temos o básico que é pular, rolar e bater com nossa espada. Porém, podemos comprar diversos upgrades com Martinha, a vendedora do jogo. Ela é responsável por deixar Pontinho com novas habilidades, mas também vende algumas artes exclusivas que são conteúdo extra.
O jogo possui diversos quebra-cabeças extremamente divertidos que mexem com a criatividade do jogador. Muitos dos quebra-cabeças exigem que o jogador troque palavras de lugar para assim alterar o ambiente, fazendo com que você busque palavras em páginas anteriores para poder seguir em frente. Muitas vezes você pode combinar palavras até mesmo para obter novas artes extras que estão extremamente escondidas, então é super válido sempre tentar novas combinações.
Um dos grandes destaques para mim é que cada um dos heróis possui seu próprio estilo de luta contra chefes. Pontinho simplesmente entra em uma luta de boxe, assim como nos jogos de SNES, onde a câmera fica por trás do personagem e você precisa se esquivar e bater. Violeta enfrenta os chefes em uma batalha de Puzzle Bobble, onde a cada combinação de peças iguais que você faz, o chefe toma dano. Enquanto o Troll da montanha enfrenta chefes em um mini game rítmico onde você deve repelir as coisas jogadas em você, até acertar o chefe com algo. Essa variação nas lutas, torna o título extremamente divertido, porém, são pouquíssimas as vezes que enfrentamos chefes aqui.
Virtuoso e simples
O jogo oferece uma grande variedade de estilos. Em muitos momentos, precisamos jogar de forma stealth; se nos virem, morremos instantaneamente. O jogo sempre busca variar e mostrar aos jogadores diferentes gêneros em um único titulo, deixando sempre muito fresco tudo que acontece, não sendo cansativo ou mais do mesmo.
Agora vamos falar sobre a exploração e como funciona a aventura fora do livro. Ao sairmos do livro, transportamos para um mundo 3D, onde mantemos a mesma jogabilidade básica, mas ganhamos mais liberdade de exploração, mesmo que o caminho seja bastante linear. Aqui podemos viajar entre o mundo real e pequenos desenhos, fazendo com que você use a cabeça e ache portais para se locomover entre áreas distantes. Além do formato 3D, em alguns momentos jogamos em um formato 2D de plataformas, exigindo que o jogador pule entre plataformas e enfrente inimigos.
Cativante e leve
O grande charme de The Plucky Squire está em sua arte e em como a história é narrada. O jogo utiliza de forma primorosa o estilo de arte desenhada para criar os personagens e cenários dentro do livro, além de conter um toque único nas transições de capítulos. Apesar de não revolucionar ou ser algo tão fora do normal, o charme que o jogo possui é único e te cativa. Quanto ao ambiente e personagens fora do livro, é um trabalho único e bem feito também, o jogo sabe transacionar as cenas, deixando bem fluido quanto você sai ou entra no livro.
Os jogadores realmente se sentem cativados pela forma como contam a história e pelo trabalho audiovisual realizado. A escolha do narrador e das palavras, torna a aventura divertida e leve, fazendo com que você acompanhe a jornada do herói de forma única.
O jogo tem um desempenho excelente no PS5. O jogo não apresenta problemas de FPS, o que garante que a jornada flua bem, apesar de alguns problemas que explicaremos.
oOutro ponto positivo do título é o fator acessibilidade, permitindo que os jogadores escolham a dificuldade em que vão jogar, mas também ativem “trapaças” como vida infinita, matar com um golpe, assistência de pulo ou até mesmo pular as batalhas contras os chefes.
Um conto que possui problemas
Durante a minha jornada, tive alguns problemas com o jogo crashando, embora o Plucky Squire seja divertido, ele não é perfeito. Além disso, o jogo não possui um grande fator replay, após a primeira jogada você não sente vontade de retornar ao mundo de Mana.
Não sei se é proposital ou um bug, mas ao repetir os capítulos não pude encontrar Martinha novamente para comprar as habilidades que me faltava, fazendo com que eu precise começar um novo jogo para conseguir um troféu. Podem arrumar tudo o que citei — exceto o fator replay —, tornando a jornada ainda melhor.
Agradecimento a Devolver Digital que nos enviou o jogo para a produção do review!
Veredito Final
- Criatividade na Jogabilidade
- Quebra da Quarta Parede
- Arte e Narrativa Charmosas
- Variedade nas lutas contra chefes
- Crashou algumas vezes
- Não possui um fator replay atraente
The Plucky Squire
Veredito
The Plucky Squire é uma experiência encantadora e inovadora que combina uma narrativa envolvente com uma jogabilidade diversificada. Seus pontos fortes, como a criatividade nas mecânicas e a arte adorável, compensam os problemas técnicos e a falta de replay. Embora não seja perfeito e apresente algumas falhas, especialmente relacionadas a crashes e progressão, o jogo oferece um conto memorável que vale a pena explorar, principalmente para aqueles que apreciam uma narrativa cativante e uma abordagem única ao design de jogos. Se você gosta de histórias bem contadas e de um mix de gêneros, você deve viver a jornada que The Plucky Squire oferece.
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