Review – PS5 | Bloomtown: A Different Story

Prepare-se para uma emocionante viagem aos anos 60, onde a inocência da infância encontra mistérios sobrenaturais em uma pequena cidade encantadora. Bloomtown: A Different Story convida você a explorar um mundo vibrante repleto de segredos e desafios. Com uma estética nostálgica e uma narrativa envolvente, o jogo promete levar os jogadores a uma aventura repleta de descobertas e surpresas.

Nesse review eu te explico porque Bloomtown é uma aventura única e misteriosa!

Mistérios em uma trama dos anos 60

Bloomtown: A Different Story é uma narrativa envolvente que combina infância, mistério e elementos sobrenaturais. Ambientada nos anos 60, a trama segue Emily e seu irmão mais novo, Chester, que se mudam de Chicago para a pequena cidade de Bloomtown para passar o verão com seu avô. A tranquilidade do lugar é rapidamente abalada quando Emily encontra o demônio Lucifer, que a introduz a um mundo etéreo chamado Underside. Nesse cenário, Emily deve enfrentar e derrotar três demônios para libertar a cidade de suas garras.

Os personagens são bem desenvolvidos. Emily, com 12 anos, simboliza a inocência da infância e o desejo de aventura, enquanto Chester representa a curiosidade infantil e a vulnerabilidade. Juntos, eles formam um forte laço familiar. Ramona, a amiga local, traz coragem e autonomia, enquanto Hugo, o cachorro falante, adiciona humor e sabedoria à narrativa. Através deles, o jogo explora a importância da amizade e da solidariedade, destacando os desafios que as crianças enfrentam ao crescer.

A estratégia é importante

A jogabilidade de Bloomtown: A Different Story se destaca por sua combinação de elementos clássicos de RPG com uma abordagem moderna e envolvente. Os jogadores mergulham em um mundo rico e interativo, onde a exploração é uma parte fundamental da experiência. A cidade de Bloomtown é cheia de segredos, mistérios e personagens cativantes, e cada canto oferece a oportunidade de descobrir algo novo.

O sistema de combate é um dos principais atrativos do jogo. Ele adota uma mecânica de turnos estratégicos, semelhante ao que se vê em Persona, mas com suas próprias particularidades. Cada personagem jogável possui um demônio guardião, que não apenas participa das batalhas, mas também desempenha um papel crucial no suporte aos ataques. Essa dinâmica permite que os jogadores explorem diferentes combinações e estratégias, já que cada demônio possui habilidades únicas que podem ser usadas para explorar as fraquezas dos inimigos. Essa variedade traz uma camada de profundidade ao combate, permitindo que os jogadores adaptem suas táticas com base nos desafios que enfrentam.

Além disso, o jogo apresenta uma mecânica de rolagem de dados para verificar o sucesso em habilidades. Essa aleatoriedade pode ser um elemento interessante, mas também pode ser frustrante. Um personagem com um alto nível em uma habilidade pode não ter sucesso em uma verificação crítica, gerando um sentimento de impotência em momentos decisivos.

Um mundo vasto e cheio de missões

As missões secundárias são o coração pulsante da jogabilidade em Bloomtown. Elas oferecem não apenas recompensas e itens, mas também a chance de aprofundar o entendimento sobre os habitantes da cidade e suas histórias. Cada missão reflete a simplicidade e a beleza da vida cotidiana, desde resolver pequenos mistérios até ajudar amigos em apuros. Essas interações não são apenas adições à narrativa; elas ajudam a construir relacionamentos significativos entre os personagens, enfatizando a importância das conexões sociais.

O jogo incentiva a exploração do mundo de Bloomtown, oferecendo uma ampla gama de locais para visitar e personagens para conhecer. Somos estimulados a nos aventurar fora do caminho principal, explorando cada canto da cidade e interagindo com os NPCs. Isso não só enriquece a experiência narrativa, mas também oferece um senso de liberdade que é essencial em jogos desse gênero.

Entretanto, a natureza não linear do jogo pode levar a momentos de confusão. Com tantas missões e interações possíveis, é fácil perder uma oportunidade ou esquecer de falar com um NPC importante. Essa dinâmica reflete a realidade da infância, onde nem tudo pode ser controlado e cada dia traz novas aventuras.

Charmoso e diferente

Os gráficos de Bloomtown são um dos pontos altos do jogo. Com um estilo artístico que mistura nostalgia e modernidade, o visual 16-bit evoca os clássicos RPGs dos anos 90. As cores vibrantes e animações suaves criam um mundo cheio de vida. Os cenários variam da pacata cidade aos locais mais sombrios do Underside, cada um com seu próprio caráter visual. O design dos demônios também se destaca, refletindo suas habilidades e fraquezas, o que enriquece a jogabilidade.

Além disso, o desempenho do jogo é impressionante. Ele roda de forma fluida, com poucos ou nenhum engasgo. Os tempos de carregamento são rápidos, permitindo uma experiência contínua. A trilha sonora complementa a estética visual, ajudando a estabelecer a atmosfera mágica e acolhedora do jogo.

Tão frustrante quanto divertido

Apesar de sua magia, Bloomtown apresenta alguns problemas que podem impactar a jogabilidade. Um dos principais é a incapacidade de fugir de batalhas, o que pode levar a lutas desnecessárias durante a exploração de masmorras. Essa mecânica pode se tornar frustrante, especialmente em áreas que exigem backtracking.

Outro aspecto a considerar é o sistema de controle, que pode exigir posicionamento preciso para interagir com objetos ou NPCs. Isso pode resultar em interações indesejadas ou dificuldades em acessar itens essenciais. Além disso, as missões secundárias, embora enriquecedoras, são difíceis de acompanhar devido à natureza não linear do jogo. A pior parte de todas na minha opinião, é o fator do jogo possuir apenas um auto-save! SIM! É frustrante não poder salvar quando quiser, pois isso pode resultar na perda de várias missões ao longo do jogo, seja por esquecimento do jogador ou pelas mecânicas desafiadoras de checagem de habilidade.

Por fim, a mecânica de rolamento de dados para checar habilidades é muito frustrante, pois mesmo um alto nível em uma habilidade não garante sucesso. Essa aleatoriedade pode fazer o jogador sentir-se impotente em momentos críticos. Embora esses problemas sejam menores, eles podem interferir na experiência geral, mas não ofuscam o charme que Bloomtown oferece.

Agradecimento a Twin Sails Interactive que nos enviou o jogo para a produção do review!

Veredito Final

Pontos Positivos
  • Narrativa envolvente
  • Bom desenvolvimento de personagens
  • Sistema de combate
  • Missões secundárias
  • Direção de arte
Pontos Negativos
  • Impossibilidade de salvar manualmente
  • Várias missões perdíveis caso falhe
  • Mecânica de rolamento de dados

Bloomtown: A Different Story

Publisher: Twin Sails Interactive
Console: Playstation 5

História
85%
Jogabilidade
80%
Extras
80%
Desempenho
90%
Audiovisual
90%

Veredito


85%

Bloomtown: A Different Story é uma experiência encantadora que combina uma narrativa envolvente com jogabilidade estratégica e um visual nostálgico. Apesar de alguns problemas, como a falta de opções para evitar batalhas e a sensibilidade nas interações, o jogo compensa com seus personagens cativantes e a profundidade de suas missões secundárias. A mistura de aventura, mistério e elementos sobrenaturais cria um mundo rico e vibrante que convida os jogadores a explorar e se conectar com suas histórias.

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