A Capcom fez de novo e surpreendeu aos fãs com uma nova IP totalmente diferente do seu habitual. Nos últimos anos vimos a Capcom focando em seus grandes sucessos, Resident Evil, Monster Hunter, Devil May Cry e alguns outros títulos, mas também arriscando em experiências diferentes, como foi o caso de Exoprimal e agora com Kunitsu-Gami: Path of the Goddess.
Kunitsu-Gami é uma mistura original de estratégia, Tower Defense e Hack ‘n’ Slash, exigindo dos jogadores que saibam quais peças utilizar para que possa avançar a cada fase. Além disso, o jogo trás consigo um peso enorme em sua narrativa com o sintoísmo, com visuais que esbanjam cores vibrantes e um design único para cada local visitado.
Vem comigo que vou te explicar neste Review os motivos de Kunitsu-Gami ser um grande acerto da Capcom!
Uma jornada de libertação
Kunitsu-Gami: Path of the Goddess mergulha os jogadores ao sintoísmo, uma religião tradicional japonesa, e nos apresenta o Monte Kafuku, corrompido por uma substância maligna chamada Seethe. Esta corrupção não apenas afeta o ambiente, mas também assola os habitantes locais, trazendo demônios, espíritos e yōkai.
A história segue Yoshiro, uma sacerdotisa encarregada de purificar o monte e restaurar a harmonia. Acompanhada por Soh, uma guerreira designada para protegê-la, Yoshiro enfrenta uma jornada de purificação. A narrativa é direta e é comunicada através da ação e do ambiente, enfatizando os conceitos da religião e a conexão com a natureza e os deuses.
Dividido em níveis, o jogo desafia o jogador a guiar Yoshiro através de áreas contaminadas, purificando-as e defendendo-as dos ataques dos Seethe, especialmente durante a noite. Nesse sentido, a transformação visual do ambiente de contaminação para pureza é central para o objetivo do jogo.
Yoshiro, a sacerdotisa e protagonista, é mais uma figura simbólica do que um personagem com profundidade emocional. Sua principal característica é sua devoção e seu papel como guia espiritual. Por outro lado, Soh, a guerreira, se destaca por suas habilidades de combate e defesa, oferecendo proteção e lealdade a Yoshiro.
A narrativa do jogo não conta com grandes diálogos, ela foca na experiência emocional e espiritual através da ação e do ambiente que é purificado. Embora não ofereça personagens complexos ou uma trama inovadora, a estética e a simplicidade da história criam uma experiência envolvente e que funciona, oferecendo uma visão autêntica da espiritualidade.
Uma combinação assertiva e diferente
Kunitsu-Gami oferece uma mistura única de tower defense, hack and slash e construção, criando uma jogabilidade diversificada. O jogo se desenrola em níveis com um ciclo dinâmico de dia e noite, cada um trazendo desafios e objetivos distintos.
Durante o dia, você guia a sacerdotisa Yoshiro por áreas contaminadas pelos Seethe, purificando e coletando gemas para desbloquear novos caminhos. Enquanto você constrói estruturas defensivas e aloca aldeãos em funções específicas, como arqueiros, guerreiros ou curandeiros. Esses aldeãos protegem Yoshiro durante a noite e realizam tarefas como reparar defesas e desbloquear áreas adicionais.
Os Seethe lançam ataques ferozes à noite, onde o verdadeiro desafio começa. Você deve defender Yoshiro utilizando tanto os aldeãos quanto Soh, o principal combatente, controlado por você. Soh possui uma variedade de habilidades. Você também deve dar ordens aos aldeãos e gerenciar suas posições para formar estratégias de defesa.
Você equipa talismãs adquiridos em Soh, tornando-o mais forte, fazendo com que ganhe mais atributos ou novas habilidades. Além disso, os aldeãos também precisão ser aprimorados para aumentar seus status, como vida e força. Ao longo do jogo, novas classes são desbloqueadas para os aldeãos, cada uma com habilidades próprias.
A construção de defesas, como torres e barreiras, é crucial para proteger Yoshiro dos ataques dos Seethe, que se intensificam a cada fase. Por fim, essas estruturas de suporte, como iluminação em cavernas escuras e plataformas para arqueiros, adicionam mais estratégias à defesa.
O jogo apresenta alguns problemas, como a falta de variedade nos comandos no início. A dificuldade pode variar drasticamente entre os níveis, o que pode ser frustrante muitas vezes, necessitando repetir a mesma missão várias e várias vezes para melhorar seus aldeões. Além disso, a inteligência artificial dos aldeãos também pode ser inconsistente, afetando a eficácia das defesas.
Um visual vibrante, colorido e charmoso
Kunitsu-Gami: Path of the Goddess é uma verdadeira obra de arte quando se trata do seu trabalho audiovisual, que funde a arte tradicional japonesa com um design mais moderno. O jogo apresenta um estilo visual detalhado com cenários vibrantes e atmosféricos, refletindo o Japão antigo e místico. Além disso, desde florestas densas até cavernas e templos antigos, a transição entre ambientes diurnos e noturnos é bem executada, oferecendo uma experiência dinâmica.
A trilha sonora complementa a atmosfera com uma mistura de música tradicional japonesa e composições modernas. Instrumentos como koto, shamisen e taiko criam um ambiente autêntico e envolvente. Além disso, cada fase possui uma trilha específica que se adapta ao ambiente e à situação do jogo, intensificando a experiência de combate e a tensão durante os ataques dos Seethe.
Agradecimento a Capcom que nos enviou o jogo para a produção do Review!
Veredito Final
Prós
- Uma excelente mistura entre generos
- Jogabilidade diversificada
- Força o jogador a pensar e criar novas estratégias
- Todo o trabalho audiovisual
- Ciclo noite e dia
Contras
- Dificuldade inconsistente
- Inteligência artificial
- Pode se tornar repetitivo
Kunitsu-Gami: Path of the Goddess": oferece uma experiência única que combina espiritualidade, ação e estratégia. Com sua ambientação vibrante e jogabilidade diversificada, o jogo se destaca em muitos aspectos, apesar de alguns problemas com a variedade de comandos e a dificuldade inconsistente. A atmosfera rica e a estética visual cativante fazem deste jogo uma experiência memorável para os jogadores que buscam algo diferente e imersivo. – George Rodrigues
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